TAMBÉM OS BRANCOS SABEM DANÇAR, DE KALAF EPALANGA: O GUERREIRO JAGA QUE INVADIU A ESCANDINÁVIA COM O KUDURO
DOI:
https://doi.org/10.53500/missangas.v3i5.13510Parole chiave:
Kuduro;, Fronteiras, Feminismo Negro, Hibridismo, RacismoAbstract
O presente artigo tem por objetivo analisar o livro Também os brancos sabem dançar, de Kalaf Epalanga, sob a perspectiva de que é um romance híbrido em busca de fronteiras geográficas e não geográficas para serem ultrapassadas. Há uma enorme preocupação do autor com a difusão do gênero musical angolano denominado “kuduro”, o que em alguns momentos transforma a narrativa em um texto expositivo. Tanto que o livro se apresenta como sendo um “romance musical”. O hibridismo manifesta-se tanto na concepção do gênero literário, situado entre o conto e o romance, como também ao texto entre o narrativo propriamente dito e o narrativo-expositivo. São discutidas, a partir de temas oferecidos pela narrativa, as questões da diáspora, do racismo e do feminismo negro. A pesquisa para a redação deste seguiu o método da revisão bibliográfica com a utilização do pensamento de Walter Benjamin, Stuart Hall, Philippe Lejeune, Carlos Reis, Gayatri Spivak, Nestor Garcia Canclini, Grada Kilomba, entre outros.
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