A caracterização como composição da imagem e ponto de partida para análise da representação de personagens negras no cinema brasileiro contemporâneo

Luciana Soares de Medeiros

doi:10.30620/gz.v11n2.p219

Autores

Luciana Soares de Medeiros Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC https://orcid.org/0000-0002-6024-2090

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v11n2.p219

Palavras-chave:

Representação, Imagens de Controle, Caracterização, Personagens Negras

Resumo

Este artigo busca pensar a caracterização (articulação de figurino, maquiagem e cabelo) como elemento fundamental para a composição da imagem de personagens, sendo compreendida tanto em relação a elementos da técnica (como luz, cor, cenografia), como em relação a elementos advindos do contexto social de produção da obra, a partir dos quais a qualidade das representações se tornam objeto de análise. São analisadas as produções cinematográficas brasileiras Kbela (2015), Alfazema (2019) e Marte Um (2022), partindo dos principais elementos que compõem a visualidade de personagens femininas negras para pensar as relações objetivas e subjetivas que se desdobram entre a caracterização destas personagens e os estereótipos visuais associados a corpos negros na indústria cinematográfica de massa, a partir dos conceitos de representação e imagens de controle, conforme trabalhados por bell hooks e Patricia Hill Collins, respectivamente.

[Recebido em: 14 out. 2023 – Aceito em: 15 dez. 2023]

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Biografia do Autor

Luciana Soares de Medeiros, Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC

Maquiadora-caracterizadora, Psicóloga (UERJ), Gestalt-terapeuta, Bacharel em Letras-Inglês (UFSC). É doutora em Artes Cênicas, em estágio pós-doutoral (PPGAC-UDESC). Doutoranda em Literatura (PPGLit – UFSC). Estuda maquiagem e caracterização em contextos cênicos diversos, com foco na composição visual de personagens femininas negras no cinema e suas relações com representação e imagens de controle, compreendendo a caracterização enquanto ferramenta política de criação de imagens. Desenvolve atualmente pesquisas sobre caracterização, representação e imagens de controle a partir da filmografia da atriz Viola Davis e sobre caracterização da mulher negra e criação de imagens contra-hegemônicas no cinema brasileiro a partir do curta-metragem Alfazema.

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