A tradição oral e seus lugares de encontros, de memórias e afetividades
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v7n2.p55Palavras-chave:
Oralidade, Narradores, Memórias, AfetividadeResumo
Neste texto, apresento aspectos socioculturais e psicoafetivos estabelecidos a partir de um recorte das minhas experiências institucional e profissional, ancoradas na Cultura Popular, em comunidades rurais da região sisaleira da Bahia, mais especificamente na cidade de Santa Luz a 258 km de Salvador. Descrevo um recorte do um conjunto historiográfico dessas experiências narrativas memorialistas, no sentido de ilustrar uma parte destes registros iconográficos e documental disponibilizados pela instituição a qual faço parte. Busco discutir aspectos contextuais contidos nas manifestações de tradição oral, e seus agenciamentos performáticos, para construção mnemônica individual e coletiva e fortalecimento das relações interpessoais. Em especial, também apresento um narrador que é reconhecido em sua comunidade como um fabuloso performer sugerindo um papel de facilitador na efetivação de um lugar comunitário acolhedor na mediação do exercício memorialista, de trocas psicoafetivas, de validação, de resistências e fortalecimento sociocultural.
[Recebido: 22 jun. 2019 – Aceito: 10 ago. 2019]
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