Arte e Experiência Interior
Uma Visão da Experiência Estética a partir do Erotismo em Georges Bataille
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v6n1.p111Palavras-chave:
Erotismo, Georges Bataille, Experiência estética, C. S. LewisResumo
Este artigo propõe pôr em diálogo erotismo, experiência estética e religiosidade na perspectiva da experiência interior, presente no pensamento de Georges Bataille. O objetivo é contribuir para a fundamentação da possibilidade de uma estética da existência a partir da doutrina cristã, sob a hipótese de leitura do livro Surpreendido pela Alegria de C. S. Lewis. Ao falar do erotismo como da esfera do religioso, Bataille não pôde deixar de esbarrar na questão da experiência artística, assim como não pôde deixar de problematizar também a religiosidade cristã e sua complexidade ao operar esses assuntos. Em Surpreendido pela Alegria, Lewis relata seu caminho teórico que o levou do ateísmo materialista para o cristianismo através de sua experiência com a arte, principalmente a música e a literatura. A partir da interposição entre o pensamento batailliano sobre o erotismo e a abordagem da experiência estética em Surpreendido pela Alegria abrem-se perspectivas que minimizam a oposição que Nietzsche e Foucault identificam entre o cristianismo e a subjetividade ligada ao fazer artístico.
[Recebido: 01 dez. 2017 – Aceito: 26 fev. 2018]
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