Maria Firmina dos Reis e Carolina Maria de Jesus
duas resistentes Marias na Literatura Afro-Feminina
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v6n1.p19Palavras-chave:
Literatura afro-feminina, Negritude, ResistênciaResumo
Quando falamos em literatura afro-feminina toda obra publicada é um ato de resistência. No ano de centenário de morte de Maria Firmina dos Reis a Academia reage com mais um longo e profundo silêncio. Pensando o dessilenciamento como ato de resistência, analisamos a importância das escritoras Maria Firmina dos Reis (1825-1917) e Carolina Maria de Jesus (1914-1977). O arcabouço teórico utilizado parte da ginocrítica que, segundo Showalter (1994), considera o local de fala dessas escritoras e sua autorrepresentação que rompe com estereótipos sociais que as menosprezam e deslegitimam seus discursos. Através da análise das obras e biografia das autoras buscamos compreender os porquês que envolvem esse silenciamento e, consequentemente, legitimar a escrita dessas autoras pela resistência. Por fim, percebemos que, principalmente, raça e gênero implicam na construção dos cânones.
[Recebido: 07 nov. 2017 – Aceito: 06 mar. 2018]
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