Inversões de sentido na fábula A Cigarra e a Formiga
modos de subjetivação em conflito
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v5n2.p149Palavras-chave:
Fábula, Discurso, Arte, Trabalho, SubjetivaçãoResumo
A fábula A cigarra e a formiga é bastante conhecida por apresentar uma moral que adverte contra a indolência e alerta sobre a necessidade do trabalho. Ela trata de um tema que tangencia diretamente os modos de subjetivação, porque a atividade laboral implica nas formas como os indivíduos se constituem como sujeitos de saberes, poderes e ações morais. Contudo, ao longo do tempo, inúmeras recriações da referida narrativa contribuíram para modificações de suas significações. Essas inversões de sentidos levam a indagar sobre que fatores as suscitaram e que condições sócio históricas permitiram o seu aparecimento. Em busca de resposta, o presente trabalho compara versões distintas dessa fábula, procurando identificar como o discurso do outro é retomado, mantido, alterado, por um novo discurso. Enfoca-se, especialmente como a partir de uma oposição entre trabalhadores e artistas/vagabundos, representados, respectivamente pela formiga e a cigarra, atribuem-se valores diversos ao trabalho e a arte.
[Recebido: 10 de ago de 2016 – Aceito: 10 de nov de 2016]
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