Paraíso de quem? Descolonizando o Paraíso, de Tatiana Salem Levy
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v4n1.p187Palavras-chave:
Representação, Branquitude, AlteridadeResumo
Paraíso (2014), da escritora luso-brasileira Tatiana Salem Levy, é constituído por uma infinidade de narrativas que se descolam da protagonista Ana. Ela é uma escritora contemporânea a cuja interioridade temos acesso gradual a partir dos três patamares da história: presente, flashback e a narrativa colonial que ela está redigindo. Nesta, conhecemos a personagem Negra escravizada (sem nome) pelo seu relato “defunto” (qual um Brás Cubas) que sugere que foi cumprida a dialética que envolve a fala do sujeito s ubalternizada (pode falar, mas precisa ser ouvida). No entanto, ela está sendo determinada da exterioridade do seu corpo, isto é, desde o colonialismo, já que Ana está performando a voz do Outro no lugar entre ser Negra e ser branca (que consubstancia a hierarquia). Levy representa a negritude desde o lugar autorizado a falar sobre tudo: a branquitude.
[Recebido: 25 dez. 2015 – Aceito: 18 mai. 2016]
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Referências
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