Oralidade e diáspora africana
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v4n1.p47Palavras-chave:
Oralidade, Diáspora Africana, Crítica-culturalResumo
A Diáspora africana – também conhecida como Diáspora negra – deixou marcas profundas e indeléveis na construção das identidades negras no Brasil. Tais marcas atravessaram o Atlântico, resistiram (em alguma medida) ao processo de aculturação imposto pelos colonizadores e, mesmo vulnerável às transformações impostas pelo tempo, ainda hoje podem ser percebidas através das memórias, performances, oralidade (recorte deste artigo) e variadas manifestações culturais que, embora reinventadas e/ou reelaboradas, trazem em seu bojo aspectos do inconsciente ancestral africano, como sintetiza Paul Gilroy (2002), ao dizer: “Nunca fomos meramente músculos, pois trouxemos conosco nossas tradições”.O objetivo deste artigo não se propõe esgotar e/ou tentar concluir, de alguma maneira, este tema. Tantoa oralidade quanto a Diáspora negra são densos campos de estudos com valiosas produções nas mais diversas áreas do conhecimento. Intenta-se aqui discutir alguns aspectos importantes do universo da oralidade africana e possíveis intersecções diaspóricas; bem como fomentar novos estudos, produções e imersões discursivas.
[Recebido: 29 fev. 2016 – Aceito: 6 abr. 2016]
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