O reino de Gonçalo M. Tavares e a voz dos silenciados no espaço da guerra

Autores

  • Sandra Beatriz Salenave de Brito Instituto Federal Sul-rio-grandense - IFSul

DOI:

https://doi.org/10.30620/gz.v3n1.p243

Palavras-chave:

Espaço de Guerra, Memória, O Reino

Resumo

O presente trabalho analisa O Reino de Gonçalo M. Tavares em seu cenário de guerra, resgatando a importância das vozes silenciadas nas ações verídicas e literárias, focalizando o papel das mulheres e dos loucos no desenrolar da tetralogia. Neste sentido, a memória e a ponderação são fundamentais para que o homem aprenda a lidar com o seu lado inculto diante de situações extremas. A cultura e o progresso também podem animalizar os indivíduos, e para que isso não ocorra, a literatura assume a função de contribuir para a reflexão sobre o comportamento humano diante do medo e do poder.

[Recebido: 11 set. 2015 – Aceito: 8 nov. 2015]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Beatriz Salenave de Brito, Instituto Federal Sul-rio-grandense - IFSul

Graduada em Letras – Licenciatura Português e Espanhol pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e mestrado em Letras pela mesma instituição (2009). Atualmente é professora do Instituto Federal Sul-rio-grandense, atuando no Campus Camaquã. Colabora na Editoração Digital da Revista Nau Literária-Crítica e Teoria de Literaturas em Língua Portuguesa – PPG-LET/UFRGS.

Referências

ADORNO, Theodor W. Consignas. Trad. Ramón Bilbao. Buenos Aires: Amorrortu Editores, 1973.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e holocausto. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BRITO, Sandra Beatriz Salenave de. Algumas notas sobre o processo criativo de Gonçalo M. Tavares. Nau Literária, Porto Alegre, v. 10, n. 1, jan.jun. 2014. Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/view/46940/30161.

FARIA, Ângela Beatriz Carvalho. A grande barbárie é a infidelidade do homem à sua própria humanidade – a propósito de Jerusalém. In: Anais do XI Congresso Internacional da ABRALIC, São Paulo, 2009. Disponível em: http://www.abralic.org.br/eventos/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/001/ANGELA_FARIA.pdf.

FREUD, Sigmund. O mal estar na cultura. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2012.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. 35. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. Resumo dos cursos do Collège de France: 1970-1982. Trad. Andrea Daher. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1997.

MELLO, Ramon;TAVARES, Gonçalo M. Literatura como projeto de vida. Disponível em: http://www.saraivaconteudo.com.br/Entrevistas/Post/10333. Acesso em: 30 abr. 2014.

SELIGMANNSILVA, Márcio. A escritura da memória: mostrar palavras e narrar imagens. São Paulo: Remate de Males, 26(1), jan./jun. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pc/v20n1/05.

SELIGMANNSILVA, Márcio. Estética e política, memória e esquecimento: novos desafios na era do Mal de Arquivo. São Paulo: Remate de Males, 29(2), jul./dez. 2009. Disponível em: http://revistas.iel.unicamp.br/index.php/remate/article/download/873/1101.

TAVARES, Gonçalo M. Um homem: Klaus Klump. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

TAVARES, Gonçalo M. A máquina de Joseph Walser. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

TAVARES, Gonçalo M. Jerusalém. 1. reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

TAVARES, Gonçalo M. Aprender a rezar na Era da Técnica. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

VICTOR, Fábio. Entrevista de Gonçalo M. Tavares a Folha de São Paulo. Português Gonçalo M. Tavares fala sobre maldade, Saramago e o Brasil em 17/07/2010. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/767901-portugues-goncalo-m-tavares-fala-sobre-maldade-saramago-e-o-brasil.shtml. Acesso em: 20 ago. 2013.

Publicado

2016-03-01

Como Citar

BRITO, S. B. S. O reino de Gonçalo M. Tavares e a voz dos silenciados no espaço da guerra. Grau Zero – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Fábrica de Letras - UNEB, v. 3, n. 1, p. 243–258, 2016. DOI: 10.30620/gz.v3n1.p243. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/grauzero/article/view/3287. Acesso em: 13 nov. 2024.