Literaturas subterrâneas
literaturas que circulam para além do cânone escolar
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v10n1.p161Palavras-chave:
Literaturas subterrâneas, Circuitos literários, (Des)legitimação artísticaResumo
O objetivo deste texto é apresentar elementos concretos que comprovam a circulação de materialidades literárias, para além do livro editado e canonizado, bem como circuitos artístico-literários criados por artistas de Fortaleza para fazerem circular suas literaturas subterrâneas, para além da legitimação escolar/acadêmica. Parte de nossa pesquisa de Doutorado, seguimos uma abordagem qualitativa (MINAYO, 2007), ancorado na pesquisa biográfica em educação (DELORY-MOMBERGER, 2014) de modo a cartografar processos formativos, circuitos e materialidades de jovens escritores/as de Fortaleza. Como conclusão, além da vasta materialidade encontrada circulando pela cidade, percebe-se uma vasta produção de circuitos artístico-literários não canônicos, cujos artistas (i)legítimos se produzem ao produzirem literaturas subterrâneas que escorrem por ruas, saraus, centros culturais, dentre outros espaços.
[Recebido em: 9 mar. 2022 – Aceito em: 22 set. 2022]
Downloads
Referências
ABREU, Márcia. Cultura letrada: literatura e leitura. São Paulo: Editora UNESP, 2006.
BAUER, Martin W; JOVCHELOVICH, Sandra. Entrevista narrativa. In: BAUER, Martin W., GASKELL, George (Org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Rio de Janeiro: Vozes, 2013. p. 90-113.
BOURDIEU, Pierre, (Débat avec Roger Chartier). La lecture: une pratique culturelle. (CHARTIER, Roger dir). Pratiques de la lecture. Paris: Petite Biblioteque Payot, 2003. p. 277-306.
CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Rio de Janeiro: Vozes, 2009
CHARTIER, Roger. A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1999.
CHARTIER, Roger. “Escutar os mortos com os olhos”. Revista Estudos Avançados, São Paulo: USP, n. 69, 2010.
CHARTIER, Roger. Do livro à leitura. In: CHARTIER, Roger (Org.). Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2011, p. 77-106.
COMPAGNON, Antoine. O demônio da teoria: literatura e senso comum. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia 2. São Paulo: Editora 34, 2011.
DELORY-MOMBERGER, Christine. De la recherché biographique en education: fondements, méthodes, pratiques. Paris: Téraèdre, 2014.
HEINICH, Nathalie. Être écrivaIn: création et identité. Paris: Editions La Découverte, 2000.
FERRAROTTI, Franco. Sobre a autonomia do método biográfico. In. NÓVOA, Antônio; FINGER, Mattias (Org.). O método (auto)biográfico e a formação. Natal, RN: EDUFRN; São Paulo: Paulos, 2010. p. 31-58.
FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. Porto Alegre: Artmed/Bookman, 2004.
FREITAS, Maria Teresa. A perspectiva sócio-histórica: uma visão humana da construção do conhecimento. In: FREITAS, Maria Teresa; JOBIM, Solange; SOUZA, Sonia Kramer (Org.). Ciências humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2003. p. 26-38.
LAHIRE, Bernard. La condition littéraire: la double vie des écrivains. Paris: La Découverte, 2006.
NAJMANOVICH, Denise. O Sujeito Encarnado. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2007.
RANCIÈRE, Jacques. Le maitre ignorant: cinq leçons sur l’émancipation intellectuelle. Paris: Fayard, 1987.
RANCIÈRE, Jacques. La mésentente: politique et philosophie. Paris: Galilée, 1995.
RANCIÈRE, Jacques. Le partage du sensible: esthétique et politique. Paris: La fabrique éditions, 2000.
RANCIÈRE, Jacques. Le philosophe et ses pauvres. Paris: Éditions Flammarion, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Grau Zero – Revista de Crítica Cultural
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com o seguinte termo de compromisso:
Assumindo a criação original do texto proposto, declaro conceder à Grau Zero o direito de primeira publicação, licenciando-o sob a Creative Commons Attribution License, e permitindo sua reprodução em indexadores de conteúdo, bibliotecas virtuais e similares. Em contrapartida, disponho de autorização da revista para assumir contratos adicionais para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada, bem como permissão para publicar e distribuí-lo em repositórios ou páginas pessoais após o processo editorial, aumentando, com isso, seu impacto e citação.