A defesa da família tem sabor de margarina
DOI:
https://doi.org/10.30620/gz.v9n2.p21Palavras-chave:
Descolonização, Corpo, Emoções, Família, HeterocisnormaResumo
Os discursos de defesa da família são constantemente utilizados nas disputas políticas à esquerda e à direita. Seja por meios mais conservadores, seja pela constituição de novas formas, o que permanece é uma concepção de família como uma unidade civilizatória: responsável pela incorporação das normas do regime de poder em cada corpo, de modo que a assimilação de racismos, heterocisnormas e cristianismo seja cada vez menos perceptível e cada vez mais reproduzida. Seguindo as sofisticações dos regimes de poder para a produção de opressões cada vez mais diluídas nas relações entre os corpos, investe-se na explicação e no cercamento das regras de re-produção corporal por meio do mantra familiar. Busca-se, assim, mobilizar afetos que movimentem as fronteiras e as margens que ainda defendem a família como a base emocional necessária a todos os corpos.
[Recebido: 15 set. 2021 – Aceito: 21 out. 2021]
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