DESEMPENHO DE IPOS DE EMPRESAS BRASILEIRAS FINANCIADAS POR FUNDOS DE PRIVATE EQUITY
DOI:
https://doi.org/10.18028/rgfc.v10i3.8657Palavras-chave:
Risco, Private Equity, IPO, Mercado de Capitais.Resumo
Este trabalho analisou a relação entre a presença de financiamento de fundos de Private Equity em empresas que realizaram oferta pública inicial de ações (IPO) e o comportamento posterior dos retornos das ações. A partir da estratégia de estudo de eventos foram comparados os Retornos Anormais (AR) e os Retornos Anormais Acumulados (CAR) oferecidos pelas variações dos preços das ações dos dois grupos de empresas (financiadas e não-financiadas por fundos de PE). A amostra do estudo foi composta por 122 IPOs ocorridos no mercado brasileiro no período compreendido entre janeiro de 2007 e dezembro de 2017 e os testes de diferença de média indicaram que o desempenho das ações que não contaram com a participação de PE foi superior em janelas de 21 e 126 dias úteis. No entanto, esse resultado se inverte em na janela de 252 dias. Isso implica dizer que os IPOs de empresas financiadas por fundos de Private Equity obtêm melhor desempenho quando comparados a IPOs de empresas não respaldadas por esses fundos. Ainda, o estudo realizou a estimação de modelos de regressão que indicam que o desempenho das empresas com participação de PE é superior para a janela de 252 dias. Para as outras janelas, 21 dias e 126 dias não existe diferença entre os grupos analisados.
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