ESPAÇO CIÊNCIA MICOLÓGICA: MASCOTE CLADIUM NA ESCOLA

CLADIUM MASCOT AT SCHOOL

Autores

  • Leticia Rosa dos Santos Universidade do Estado da Bahia
  • Alessivaldo Nascimento Universidade do Estado da Bahia Campus VII
  • Maria José Pinho Universidade do Estado da Bahia

Palavras-chave:

Espaço Ciência Micológica; Cladium;

Resumo

Introdução: Espaços de ciências estão sendo implantados em diversas partes do mundo como parte de um amplo movimento de Alfabetização Científica (AC). O Brasil caminha em direção a revitalização e ampliação de instituições dedicadas a divulgação científica (KRASILCHICK e MARANDINO, 2007), especialmente através de parcerias dos Espaços Científicos (Centros de Ciência, Museus) com as Universidades, melhorando as ações educativas e ampliando o letramento científico. Provocar nos estudantes, bem como na população em geral, a curiosidade e levá-los a dar-se conta do papel que a ciência tem em suas vidas, exige atividades educativas dentro das instituições escolares e em espaços não escolares. A escola tem o papel de democratizar o acesso ao conhecimento científico e tecnológico, incentivando o interesse pela ciência e pelas relações entre os conceitos científicos e a vida. No entanto, observa-se que esta não é uma tarefa simples, assim a escola deve buscar a interação com universidades, centros e museus de ciência e outros centros de produção e difusão do conhecimento, no intuito de permitir que diferentes linguagens, e propostas educativas e pedagógicas se interpenetrem e se complementem mutuamente para formação do cidadão (MARANDINO, 2001). Por outro lado, as universidades, faculdades e os centros de pesquisa devem reconhecer seu papel de destaque na inovação da educação para a ciência e serem parceiras (PAVÃO, 2005) da educação básica. Sendo assim, implantou-se em setembro de 2015 o “Centro de Ciência: Espaço Ciência Micológica (ECM) – Educação, conhecimento e interação”, na Universidade do Estado da Bahia - UNEB, Campus VII, Senhor do Bonfim-BA, projeto idealizado pelo Prof. Dr. Marcos Fábio Oliveira Marques (in memoriam).  Atualmente está sob a coordenação do Laboratório Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão-LIPEEBIO, vinculado ao Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Campus VII, realizando em 2022 o projeto de Extensão “Espaço Ciência Micológica: uma proposta de aproximação com a Educação básica”. Os Parâmetros Curriculares Nacionais preveem que alunos devem ser capazes de conhecer diferentes papeis dos microrganismos e fungos em relação ao ser humano e ao ambiente (BRASIL, 1997). No entanto, a temática micológica é pouco discutida no ensino e observa-se, no contato com a escola de ensino fundamental e médio, a restrição a memorização de conceitos e sem permitir o questionamento dos alunos. Em consequência disso, entende-se que atividades educativas realizadas nesse espaço não escolar permite a contextualização, estimula a criatividade e instiga a curiosidade, tanto para alunos/as e professores/as, como para os monitores/as envolvidos nessa ação. As atividades realizadas no Espaço Ciência Micológica não conduzem os seus monitores (alunos e alunas do curso de Ciências Biológicas e Pedagogia) apenas ao entendimento sobre os fungos, mas a se tornarem futuros/as profissionais comprometidos com a área de educação, conduzindo-os a motivação e ao desenvolvimento de atividades lúdicas que o auxiliarão no ensino/aprendizagem dos estudantes. Desta forma, o Espaço Ciência Micológica se constitui numa estratégia de alfabetização científica e divulgação da ciência micológica. Em virtude da pandemia do Coronavírus, esse espaço científico ficou sem atividade presencial nos anos de 2020 e 2021 e toda interação se deu pelas redes sociais Facebook e Instagram. Em 2022 retomamos as atividades presenciais trazendo como inovação um boneco em tamanho adulto representando um dos mascotes do Espaço, o Cladium para participar das exposições itinerantes e visitas as escolas. Objetivo: Receber estudantes de escolas públicas e privadas, bem como o público em geral. Também é nosso objetivo aproximar os estudantes da escola básica da área da Micologia através de uma atividade lúdica com o Mascote Cladium. Metodologia: As visitas ao Espaço Ciência Micológica são realizadas de segunda a sexta feira de 8h às 11:30h e de 13:30h às as 17h, sempre guiadas pelos monitores selecionados no inicio do ano letivo. O agendamento e realizado pelos interessados via email. Manteve-se os protocolos de segurança permitindo o ingresso de um número reduzido de pessoas, com a máscara facial e fazendo uso de medidas higiênicas. Após a visita, cada estudante é convidado a responder um questionário de avaliação com 8 questões. Quanto a visita às escolas, iniciou-se com um cronograma que contemplasse primeiro as escolas municipais de ensino fundamental I de Senhor do Bonfim, onde o monitor, vestido com a fantasia de Cladium divulgava as atividades e interagia com os estudantes, com a ciência da Gestão das escolas. Resultados: Até o mês de setembro o ECM recebeu a visita de seis escolas do ensino fundamental e duas escolas do ensino médio e trinta e seis estudantes de Universidades. Os estudantes são dos municípios de Campo Formoso, Senhor do Bonfim, Antônio Gonçalves, Jaguarari e Filadélfia. A faixa etária dos estudantes está entre 7 e 45 anos. O Mascote Cladium visitou dez escolas nos bairros de Pêra, Itamaraty, Centro, São Jorge, Bonfim III, Santos Dumont. Em todas as visitas houve grande interação dos alunos com o Mascote Cladium, questionando a respeito de seu nome, qual o tipo de fungo, além disso, nestes  momentos os discentes aproveitavam para abraçá-lo, tirar fotografias e guiá-lo até os entornos das escolas, com todo carinho e cuidado. Em relação ao questionário respondido pelos visitantes, este em se de compilação de dados. Conclusão: Buscamos mostrar, através deste trabalho, a importância da aproximação das escolas com a universidade no sentido de tentar despertar o interesse dos alunos para o conhecimento científico, em especial a micologia, por meio de visitações as escolas de Senhor do Bonfim utilizando o Mascote Cladium, utilizando a ludicidade como tentativa de aproximação entre escolas e universidade. Através dessa estratégia, conseguimos receber um grande número de visitantes até então, onde por meio das visitas ao Espaço Ciência Micológico o educando pode realizar atividades de observação e experimentação, práticas que muitas das vezes não podem ser realizadas em sala de aula, além disso, as diversas estratégias lúdicas utilizadas pelos monitores do laboratório podem contribuir na formação do docente. Dessa forma, a ideia de aproximar as escolas da universidade e outros centros de conhecimento  é justamente mostrar um ambiente agradável, que proporcione o interesse do visitante, favorecendo a aprendizagem e curiosidade sobre o que está sendo abordado ali. Sendo assim, o Espaço Ciência Micológica como qualquer outro espaço de divulgação científica tem como função democratizar o acesso ao conhecimento científico.

 

 

 

 

 

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Biografia do Autor

Leticia Rosa dos Santos , Universidade do Estado da Bahia

Estudante bolsista do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, UNEB- Senhor do Bonfim/BA.

Maria José Pinho , Universidade do Estado da Bahia

Dra. em Educação, UNEB – Senhor do Bonfim/BA.

Referências

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais, MEC/SEF, 1997.

KRASILCHIC, Miriam; MARANDINO, Marta. Ensino de ciências e cidadania. São Paulo: Moderna, 2007.

MARANDINO, Marta. Interfaces na Relação Museu-Escola. Cad.Cat.Ens.Fís. 8. 2001. p.85-100

PAVÃO, Antônio. C. Iniciação Científica: Um salto para a ciência. In: Boletim 11, 2005 p. 1-6.

Publicado

2022-11-14

Como Citar

dos Santos , L. R. ., Nascimento, A., & Pinho , M. J. . (2022). ESPAÇO CIÊNCIA MICOLÓGICA: MASCOTE CLADIUM NA ESCOLA: CLADIUM MASCOT AT SCHOOL. Encontro De Discentes Pesquisadores E Extensionistas, 1(01), e202201. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/edpe/article/view/15376