POVOS INDÍGENAS DO SERTÃO PERNAMBUCANO: OCUPAÇÃO TERRITORIAL E USOS DOS RECURSOS NATURAIS
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.14569404Palavras-chave:
Povos nativos, Conflitos Socioambientais, História Ambiental, TerritorialidadeResumo
Apresentamos os processos de mobilizações étnicas relacionados a questões socioambientais, na Bacia do Rio São Francisco, sertão pernambucano, a partir da História Ambiental e da Ecologia Humana, trazendo reflexões pautadas nas relações dos seres humanos com os ambientes que habitam, nas dimensões físicas e simbólicas. O sertão foi espaço de intensa ocupação humana desde o período colonial, local de empreendimento das atividades agrícolas e pecuária, gerando conflitos com populações indígenas que viviam às margens do Rio São Francisco, onde permanecem até os dias atuais. No presente manuscrito, buscamos compreender as dinâmicas de ocupação e os usos dos recursos naturais pelos povos indígenas Pankará e Truká, na tentativa de destacar continuidades e descontinuidades socioambientais em seus territórios físicos e simbólicos, respectivamente a Serra do Arapuá na cidade Carnaubeira da Penha e a Ilha de Assunção na cidade de Cabrobó, ambas no estado de Pernambuco, Brasil.
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