Juventude e associativismo – estudo de caso do projeto residência agrária Jovem UnB do edital MCTI/MDA-INCRA/CNPq Nº 19/2014
DOI:
https://doi.org/10.36112/issn2595-1890.v8.i11.p164-173Palavras-chave:
Educação do Campo, Consciência Política, CooperaçãoResumo
Neste trabalho enfocaremos o Projeto Residência Agrária Jovem em resposta ao Edital lançado pela parceria entre a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Consideramos assumir o desafio de despertar o protagonismo da Juventude Camponesa com exercícios de reflexão e compreensão qualificada dos conhecimentos relevantes à vida nos seus mais variados espaços, como na família, no trabalho, nas organizações, nas escolas, nos grupos de jovens, nos movimentos sociais, e como é tratado nestes espaços necessidades e demandas comuns dos jovens, em um contexto de pobreza, desigualdade e exclusão. Aprofundamos temas da Reforma Agrária, Autonomia e Soberania Alimentar, Sujeitos Coletivos de Direitos em Movimentos Participativos e Cooperativos na Conquista e Garantia de Seus Direitos, buscando o respeito aos Ecossistemas, Saberes e reprodução de Vida em detrimento de apelos de mercados. O coletivo foi organizado em 4 Núcleos Territoriais (NT). Apresentaram-se marcos teórico como Concepções de Estado e Movimentos Sociais do Campo, Socioeconomia Solidária, Empreendimentos Econômicos Solidários para seguir com levantamentos de necessidades comuns e simulações de construções de coletivos de trabalho. O Projeto proporcionou intervenções de acordo com a necessidade do local de moradia de cada jovem. Com práticas de horta comunitária com manejo agroecológico, cineclubismo popular e Associativismo e cooperativismo. Concluímos que o Projeto Residência Agrária UnB possibilitou a ocupação de espaços políticos, formativos e organizativos de comunidades atendidas, proporcionando aos jovens do campo um nível de elevação na formação e consciência política.
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