VIOLÊNCIA DO COLONIALISMO PORTUGUÊS EM MOÇAMBIQUE: O CASO DAS PRISÕES NO NIASSA (1962-1975)
Palabras clave:
FRELIMO, Luta de Libertação, Prisões, Niassa, PIDEResumen
Portugal manteve-se sempre relutante em admitir o direito à autodeterminação dos povos nas suas colônias. Em Moçambique, a população decidiu seguir pelo caminho mais radical possível, a luta armada. Moçambicanos emigrantes e residentes em territórios vizinhos (Tanzânia, Zâmbia e Malawi) tomaram consciência desta necessidade e decidiram enfrentar o imperialismo colonial. No então distrito do Niassa, no norte de Moçambique, na circunscrição de Maniamba, professores, catequistas, alunos, funcionários das missões e outros, ao tomaram conhecimento da existência da FRELIMO e dos seus objetivos, agenciaram a informação revolucionária, e apoiaram o movimento. Por estas ações, foram alvos da rede de informação contra - subversiva através da PSP e da PIDE que identificaram e prenderam todos os suspeitos. O presente artigo pretende compreender as reais condições de detenção política experimentadas pelos moçambicanos, recorrendo para o feito a fontes documentais do governo colonial e literatura diversa.