Interstícios habitáveis do cotidiano: possibilidades existenciais na poética humanizante de Maya Angelou
DOI:
https://doi.org/10.69969/revistababel.v8i2.5459Palavras-chave:
Eficácia estética, Maya Angelou, Processo de antropoformização, Poéticas do cotidianoResumo
Compreende-se o cotidiano como um conjunto de atuações que, por sua vez, são realizadas repetidamente dia após dia. Conquanto, o cotidiano não se trata tão somente deste conceito, que reduz toda sua totalidade, mas também como um espaço de i(re)novação e humanização, dado que concede possibilidades de reflexões sobre cada um dos atos produzidos ao homem pós-moderno. Portanto, através disso, novas perspectivas e modos de enxergar o mundo, de pensar e fazer as coisas tomam formas dentro do cotidiano. Partindo destes aspectos, a pesquisa se propôs a analisar as tensões produzidas em torno na representação do cotidiano e suas dimensões discursivas e existenciais. Para tanto, tomou-se como ponto de convergência a representação do cotidiano, de modo a relacioná-lo à impotência e a sensação de desânimo que em poemas dispersos de Maya Angelou (1928-2014) são potencializados em perspectivas comunicacionais e ontológicas. De tal modo, buscou-se evidenciar o cotidiano, como matéria-poética através das configurações temáticas na modernidade, que articulam os interstícios e as possibilidades existenciais, que pela eficácia estética são capazes de relacionar os reflexos da vida em sua totalidade expressiva. Aspecto pelo qual o cotidiano surge como categoria sócio-histórica e, portanto, intersubjetiva - repleta de significados humanizantes, pela dicção poética angelouana.
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