MÃOS QUE ORNAM O BARRO: MULHERES CERAMISTAS DE COQUEIROS ENTRE O TRABALHO, ANCESTRALIDADE E REMANESCÊNCIA NUMA PERSPECTIVA DA EJA
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Resumo
Este artigo resulta da pesquisa que ocorre desde 2015, no distrito de Coqueiros em
Maragogipe, cidade do Recôncavo Baiano. O tema faz uma abordagem sobre o trabalho das
mulheres ceramistas de Coqueiros, num contexto etnoeducacional na EJA, problematizando o
trabalho das matriarcas e das mulheres jovens, numa perspectiva entre o trabalho e a EJA.
Neste contexto surge o questionamento: As ceramistas se sentem valorizadas e representadas
através do seu trabalho nas turmas da EJA em Coqueiros? O objetivo geral desse estudo é
discutir as questões que envolvem os saberes da escola e os saberes dos práticos na EJA. Nos
resultados iniciais desse estudo que ocorreu através da percepção das ceramistas em relação à
escola, temos dados que apontam para uma ausência dialógica entre o fazer ancestral das
ceramistas e a escola, que geograficamente está muito próxima, porém, aparentemente, muito
distante dos saberes da comunidade. Em outro momento, dados referentes à percepção dos
professores da EJA em relação a possível invisibilidade social do trabalho das ceramistas em
relação às práticas educativas serão discutidas e reverberadas no discurso entre os saberes da
escola e os saberes dos práticos. A metodologia utilizada aqui foi o estudo bibliográfico e a
história oral das ceramistas numa abordagem qualitativa, seguindo um caráter descritivo,
numa pesquisa de campo onde os instrumentos diretos foram a observação e a roda de
conversa e a entrevista. O arcabouço teórico que nos ajudou na construção desta tessitura,
encontram-se em: Fonseca (2002), Freire (1987), Minayo (2010), Kohn (2014), Carneiro
(2009), Warschauer (2001), Santos (2014), Certeau (1994), Gil (2007), Almeida (2003, apud
Bandeira 1972, p. 70), Souza, Galvão, Santos (2014), Matta (2013), IBGE (2017)
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