DIZ-ME COMO TE CHAMAS E DIR-TE-EI QUEM ÉS: A CONSTRUÇÃO DOS NOMES EM ANGOLA E A INFLUÊNCIA COLONIAL
Resumo
Este artigo pretende analisar o processo de construção de nomes em Angola no período anterior à escravidão e colonização. Em muitas destas culturas, a atribuição dos nomes obedecia a critérios de manutenção da história da família e ou do grupo étnico, como acontece por exemplo na etnia Bakongo, em que os nomes das crianças são dos avós maternos ou paternos, que por sua vez herdaram dos seus ancestrais. Através desta transmissão - que envolve a história das circunstâncias em que surgiu o primeiro nome, é possível manter presente uma herança passada - relativa as cosmovisões e produção de conhecimentos destes grupos. Com a cristianização no período escravista e colonial, crianças e adultos tiveram os seus nomes alterados e substituídos por outros, na língua oficial colonial (Português). Neste contexto serão explorados aspectos como: os fundamentos do costume na atribuição de um nome: a cosmologia, o meio ambiente e as suas influências neste processo; o baptismo cristão e a (re)atribuição de um nome: fundamentos e significados; a independência: permanências e rupturas.
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