Dossiê: “Histórias da África e da escravidão no Atlântico”
Resumo
A historiografia da escravidão é uma das áreas mais ricas e dinâmicas da historiografia brasileira. Desde a década de 1980, os historiadores têm investigado a vida dos escravos (e libertos), africanos ou nascidos no Brasil, a formação de famílias escravas, o processo de construção de identidades étnicas na diáspora, a agência escrava e formas de resistência à escravidão, entre outros temas. O resultado desse interesse na história da escravidão no Brasil, que de alguma maneira explica alguns dos dilemas brasileiros contempo-râneos, pode ser visto nas dissertações de mestrado e teses de doutorado apresentadas anualmente nos diversos programas de pós-graduação país afora. Ao mesmo tempo, a nossa historiografia beneficia-se do diálogo com a produção historiográfica internacional, sobretudo aquela relacionada à História da África e as dinâmicas mercantis – leia-se, o tráfico de escravos, mas não apenas – na África pré-colonial. Similarmente, a historiografia brasileira da escravidão tem influenciado a maneira como os historiadores da África abordam a história do continente, sobretudo no que tange à agência das populações africanas às investidas dos traficantes europeus e das Américas na disputa pelo mercado de escravos e pela interiorização de sua presença no continente (principalmente antes do século XIX). Enfim, o diálogo entre as duas hstoriogra- fias tem sido profícuo e proveitoso.
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