CRISE DE IDENTIDADE:
A BUSCA DE UMA “ÁFRICA PERDIDA” COMO RESPOSTA ÀS ANGÚSTIAS DO CAPITALISMO
Resumo
A África que permeia o imaginário de parte considerável do Brasil é constituída pela ideia de berço da negritude. Por esse motivo, muitos negros brasileiros identificam-se como africanos ou descendentes destes. Contudo, essa representação do continente costuma ser imprecisa do ponto de vista da história e da realidade atual. Nesse sentido, é possível afirmar que o que se busca é uma África idealizada que teria ficado soterrada pela vida real dos povos que habitam aquela região. A necessidade por essa identificação, por sua vez, é fruto de uma “crise de identidade” que se alastra com o desenvolvimento do capitalismo. Com a crescente dissolução dos laços sociais e a ascensão da cultura do individualismo, o ser humano sente-se cada vez mais isolado e ansioso por uma religação. Nesse contexto, a identidade africana se apresenta como um consolo, porque une, de certa forma, pessoas que possuem supostas semelhanças.
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