Sala Santos de Fé
Apontamentos sobre a presença negra no Museu do Folclore de São José dos Campos/SP
Resumo
Impulsionado pelo trabalho educativo no Museu do Folclore entre 2012 e 2013 e pelas experiências no movimento negro em Viçosa, MG, este artigo é fruto de uma pesquisa realizada no âmbito da especialização lato sensu da Universidade Candido Mendes – História da África e do Negro no Brasil – em 2013. Pretendeu-se refletir acerca da Sala Santos de Fé da exposição de longa duração do Museu do Folclore e sobre como os/as educadores/as dessa instituição devem se preparar para as mediações nesta Sala – tendo em vista a missão do Museu. A metodologia utilizada foi análise dos textos de apoio da exposição produzidos pelo curador Raul Lody; vídeo de apresentação da exposição; observação da Sala; e discussão bibliográfica. Se, por um lado, a narrativa da sala remete às influências africanas na religiosidade brasileira de forma a contribuir com a formação de cidadania de seus visitantes; por outro, os profissionais que mediam as visitas precisam conhecer essa narrativa profundamente para criarem estratégias de atendimento e de combate ao racismo. O que se desejou demonstrar é que a valorização do patrimônio afro-brasileiro e a luta contra o racismo estão de acordo com a curadoria da exposição e a narrativa da Sala Santos de Fé, mas que o Museu do Folclore necessitava de formação contundente de seus educadores/as no tema e melhor posicionamento quanto à questão da identidade negra.
Palavras chave: Diáspora; Religiosidade; Cultura popular; Folclore; Racismo.
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