Student exchange at Aldeia de Corumbauzinho School

Ethnography of an Intercultural Pataxó Pedagogy

Authors

Abstract

This article pretend to underline what we understand by intercultural education, from the perspective of the exchange of knowledge carried out at the State School of Corumbauzinho, within the scope of the research-intervention project “Ãgaypĩhĩ ũg kuã - exchange and knowledge: intercultural student exchange”. This project aims to establish a meeting of students from the Corumbauzinho village with students from non-indigenous schools, at different levels of education, from multiple networks of relationships between the Pataxós and the surrounding society, including social networks in digital environments. The study aims to analyze, in a qualitative perspective, the indigenous pedagogy that has been built by educators, students, technicians and village leaders. Considering the questions that guided the research, encompass concerns about the forms in which indigenous educators and students use Law No. 11,645 / 2008 in promoting intercultural education, as follows: - How has indigenous school education differentiated from interculturality worked with the non-indigenous? How do Pataxós educators articulate indigenous knowledge with knowledge from non-indigenous educational systems? We take as a starting point for the description of these pedagogical practices, participatory observations carried out in exchanges between February 18th and 19th, 2020. These plural perspectives presented possibilities of description and reflection about indigenous school education, this as a territory of formative subjects, locus of diverse knowledge, space for transit and socialization of collective memory and other forms of teaching and learning. In the realization of this ethnographic study, we include ethno-history, ways of life and the achievement of school education in recent years by the Pataxós. By that the text reflects on a decolonial praxis that has been built in Aldeia de Corumbauzinho, which, from the perspective of educational citizenship, is organized by the defense of the right to a specific, differentiated, intercultural and quality public education.

Keywords: Intercultural Education; Indigenous Pedagogy; Corumbauzinho Pataxós.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Helânia Thomazine Porto, Universidade do Estado da Bahia

Professora e pesquisadora da Universidade do Estado da Bahia - UNEB, no Departamento de Educação - Campus X.  Mestrado em Educação, Administração e Comunicação - UNIMARCO/SP e Doutorado em Ciência da Comunicação: Processos Midiáticos, pela UNISINOS - RS. Membro do Grupo de Pesquisa Processos Comunicacionais: epistemologia, midiatização, mediações e recepção - PROCESSOCOM (CNPq/CAPES/UNISINOS) e do Grupo de Estudos Interdisciplinares em Cultura, Educação e Linguagens - GEICEL (CNPq/CAPES/UNEB). Realiza pesquisas em: Educação, linguagens e Comunidades Indígenas; Semiologia da Cultura Visual; Processos Midiáticos e Cidadania Comunicacional.

Maicon Rodrigues dos Santos, Colégio Estadual Indígena de Corumbauzinho; Universidade Federal do Sul da Bahia - UFSB

Possui graduação em Pedagogia pela Faculdade de Ensino Regional Alternativa (2015). Especialização em Educação Escolar Indígena pela Faculdade Alfamérica (2018). Cursa Mestrado em Ensino e Relações Étnico-Raciais  pela UFSB - Campus Paulo Freire. Professor-pesquisador lotado no Colégio Estadual Indígena de Corumbauzinho, atuando na função de Diretor Escolar.

References

ARAÚJO, R. C. de. Educação Escolar Indígena Intercultural e a Sustentabilidade Territorial: uma abordagem histórica sobre as Escolas Indígenas Capitão Francisco Rodelas e Pataxó Coroa Vermelha. 140 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado da Bahia: Programa de Pós Graduação em Educação e Contemporaneidade. Salvador, 2011.

BAHIA. Secretaria da Educação. Professores indígenas, povo pataxó - leituras pataxó: raízes e vivências do povo pataxó nas escolas. Salvador: MEC/FNDE/SEC/SUDEB, 2005.

BANIWA, G. EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA NO BRASIL: avanços, limites e novas perspectivas. 36ª Reunião Nacional da ANPEd – 29 de setembro a 02 de outubro de 2013, Goiânia-GO, 2013.

___. O Índio Brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; LACED/Museu Nacional, 2006.

___. Educação escolar indígena no século XXI: encantos e desencantos. Rio de Janeiro: Mórula, Laced, 2019.

BRASIL. Congresso Nacional. Constituição Federal da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988.

___. Congresso Nacional. Lei n. 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1996.

___. Resolução CNE/CEB nº 003. Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas indígenas. Brasília: MEC, 1999.

___. Resolução CNE/CEB nº 005. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. Brasília: Diário Oficial da União, DF, Seção I, p. 7, jun. 2012.

___. Censo Escolar da Educação Básica de 2014. Brasília: MEC, 2014.

___. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.

___. Parecer CNE/CEB n. 14. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Escolar Indígena. Brasília: MEC, 1999.

___. Educação escolar indígena: diversidade sociocultural indígena ressignificando a escola – Caderno SECAD 3. Brasília: MEC, 2007.

___. Lei 11.645/2008. Brasília: MEC, 2008.

BRANDÃO, C. R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 2007.

BOFF, L. A águia e a galinha. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

COSTA, D. F. da. professor do ensino médio na área indígena de Oiapoque. In: Revista Mensageiro de 2003, p.24.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Bem, 1996.

GERLIC, S. Pataxó de Prado. [Textos e ilustrações índios Pataxó]. Salvador: SEC, 2007.

KRENAK, E. D. de A. O indígena como usuário da lei: Um estudo etnográfico de como o movimento da literatura indígena entende e usa a lei nº 11.645/2008. Cad. Cedes, Campinas, v. 39, n. 109, set.-dez., 2019.

MAGALHAES, J. C. B. “O QUE QUEREMOS É UMA ESCOLA COM O CHEIRO DO NATIVO”: Os modos de apropriação da escola pelos Tupinambá Olivença. 110 f. Dissertação (Mestrado) Programa de PósGraduação em Antropologia Social ‒ PPGAS da Universidade de Brasília. Brasília (D.F.), 2019.

MELIÀ, B. Educação indígena na escola. Cadernos CEDES, v. 19, n. 49. Campinas: USP, 1999.

NASCIMENTO, R. G. do. Rituais de resistência: experiências pedagógicas Tapeba. 209 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.

NASCIMENTO, R. N. F. do. Interculturalidade e educação escolar indígena em Roraima: da normatização à prática cotidiana. 264 f. Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco, CFCH. Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Recife, 2014.

PORTO, H. T. As escolas indígenas das aldeias de Cumuruxatiba (BA) e a reconstrução da identidade cultural Pataxó. 177 f. Dissertação (mestrado) Universidade São Marcos, Programa Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação. São Paulo, 2006.

___. Processos comunicacionais, identitários e cidadãos: Pataxós em “territórios” de resistências e de utopias. 273 f. Tese (doutorado) – Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação, São Leopoldo (RS), 2019.

SANTOS, M. R. dos. ÃGAYPĨHĨ ŨG KUÃ - trocar e conhecer: intercâmbio estudantil intercultural. 51 f. Relatório qualificação (Mestrado). Universidade Federal do Sul da Bahia: Programa de Pós Graduação em Ensino e Relações Étnico-raciais, Teixeira de Freitas, 2019.

TERENA, J. Índio com diploma não é mais índio? Publicado na seção ideias. Revista Galileu, maio de 2004, p.82.

Published

2020-12-16

How to Cite

Porto, H. T., & Santos, M. R. dos. (2020). Student exchange at Aldeia de Corumbauzinho School: Ethnography of an Intercultural Pataxó Pedagogy . Abatirá - Revista De Ciências Humanas E Linguagens, 1(2), 233–267. Retrieved from https://revistas.uneb.br/index.php/abatira/article/view/9106