“A Onda”
Cinema, autoritarismo e transformação
Palavras-chave:
Sala de aula; Papel do professor; Filme “A onda”Resumo
Este trabalho tem por objetivo discutir o filme “A Onda” como promissor para debater as autoritárias ondas no campo da educação, à luz das contribuições de Paulo Freire, dialogando também com as reflexões de Gaston Bachelard acerca do espírito científico, de Deleuze e Guattari a respeito da arte como potência do pensamento e, ainda, de Alain Bergala sobre a “pedagogia do fragmento” para a leitura de imagens cinematográficas. O filme “A Onda” apresenta duas versões para o cinema (1981 e 2008) e sua atualidade e relevância sustentam-se, sobremaneira, nos tempos em que vivemos. A narrativa é baseada em fatos reais, em que um professor nos Estados Unidos trabalha a autocracia com alunos do Ensino Médio no final dos anos 60 do século passado, época de muitos questionamentos sobre as desigualdades sociais. “A Onda” suscita muitas possibilidades de debates também interessantes no que toca tanto ao papel do professor como à pressão do grupo social. De todo modo, as autoritárias ondas na educação e a possiblidade de transformação são de particular relevância na adolescência, público-alvo trabalhado em sala de aula no filme. Este é, sem dúvida, um período crucial na formação de identidades, debates dos mais urgentes e relevantes nos tempos recentes.
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