Anseios do Jovem do Candomblé: insurgências e proposições

Autores

Palavras-chave:

Anseios; Jovem; Candomblé.

Resumo

Os anseios do jovem do Candomblé requerem na contemporaneidade uma atenção mais profunda e sensível em relação à sua religião. O principal objetivo deste ensaio é abrir-mundos para analisar como o Candomblé vem se constituindo com a inserção e os anseios dos jovens. Logo pensamos que, é nesse constante exercício que as religiões de matrizes africanas se agregam. Herdamos do passado a tradição, tendo em vista que, precisamos agregar ao Candomblé novos valores civilizatórios para enfrentar o preconceito estrutural pairando sobre o culto dos Orixás[1]. Os jovens, de hoje, se justificam ao entrar no Candomblé, por inúmeros fatores, tais como, sociais, culturais, filosóficos, etc. Portanto, sabemos que a concepção de um jovem do Candomblé difere de muitos aspectos que os mais velhos veem como um único caminho a ser seguido. Por isso, o jovem do Candomblé com o seu incessante anseio, de levar o conhecimento de seus povos a outros estágios, reconhecendo-os, valorizando-os, agregando-os, frente às demandas atuais.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Elder Pereira Ribeiro, Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL/UFRB)

Gay negro, santamarense, professor, escritor, Babá Egbé do Ilê Axé Idan, Bacharel em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas pelo (CECULT/UFRB), Licenciando em Pedagogia pela (UniAraguaia – Centro Universitário). Especialista em Antropologia e Fundamentos da Educação Social pela (FACUMINAS), Mestrando em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas pelo (CAHL/UFRB), com período de tirocínio docente na graduação em Licenciatura em Pedagogia da (UERJ), sob supervisão da Profa. Dra. Stela Guedes Caputo. Atualmente, é professor de Ensino Religioso e Cultura Afro-Brasileira na Escola Municipal Profa. Stela Mutti. Pesquisador do Laboratório de Etnomusicologia, Antropologia e Audiovisual (UFRB/CNPq).

 

Tiago Silva de Oliveira , Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (RENAPSI)

Omo Orixá de Oxum - Iniciado no Ilê Axé Ogbá Odé, Professor de Filosofia na Ong Renapsi, Licenciado em
Filosofia pela Faculdade Batista de Salvador, Especialista em Psicopedagogia pela Faculdade Metropolitana.

Referências

BÂ, Amadou Hampâté. A tradição viva. In: ZERBO, Joseph Ki (org). História Geral da África I: Metodologia e pré-história da África. Brasília: UNESCO, 2010.

BASTIDE, Roger. 2001. O candomblé da Bahia: rito Nagô. São Paulo: Companhia das Letras.

CAPUTO, Stela Guedes, Educação nos terreiros - e como a escola se relaciona com crianças de candomblé. Rio de janeiro, Pallas: 2012.

DIAS, Claudenilson da Silva. Identidades trans* e vivências em candomblés de Salvador: entre aceitações e rejeições. Dissertação (Mestrado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo). Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2017.

FLOR DO NASCIMENTO, Wanderson; ODARA, Thiffany. Gênero na encruzilhada: Um olhar em torno do debate sobre vivências trans no candomblé. Revista Periódicus, [S. l.], v. 1, n. 14, p. 50–72, 2021.

FLOR DO NASCIMENTO, Wanderson. Corporalidades em abertura: os candomblés e percursos da resistência incorporada. Revista Humanidades & Inovação, UNITINS, v.7, n. 25, p. 79-87, 2020.

FERNANDES, A. de O. Espirais da linguagem de Exu: por uma filosofia do Òkòtó. Revista Espaço Acadêmico, 18(207), 2018, 04-15.

FREITAS, R. O. de. Jovens de terreiros: ciberativismo e protagonismo juvenil entre integrantes de religiões afro-brasileiras em salvador e região metropolitana. Educere et Educare, [S. l.], v. 10, n. 20, 2015.

HOBSBAWM, E. Introdução: a invenção das tradições. In: HOBSBAWM, E.; RANGER, T. (Org.). A invenção das tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

MACHADO, Vanda. Exu: o senhor dos caminhos e das alegrias. VI ENECULT: encontro de estudos multidisciplinares em cultura. Salvador – BA, 2010. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/wordpress/24929.pdf

MACHADO, Vanda. Irê Ayó: uma epistemologia afro-brasileira. Salvador: EDUFBA, 2019.

MARTINS, Leda. Performances da oralitura: corpo, lugar de memória. Letras, Santa Maria, n. 26, p. 63-81, 2003.

MACEDO, Roberto S. Atos de currículo, formação em ato? Ilhéus: EDITUS, 2012.

MUNANGA, Kabengele. Origem e histórico do Quilombo na África. In: Revista USP, n. 28, São Paulo, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo Freire. – São Paulo: Paz e. Terra, 1996. – (Coleção Leitura).

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.

GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. São Paulo: LTC, 1989.

PASSOS, Antonio Marcos. Os jovens, o candomblé e os processos museais. III ENECULT: encontro de estudos multidisciplinares em cultura. Salvador – BA, 2007. Disponível em: http://www.cult.ufba.br/enecult2007/AntonioMarcosPassos.pdf

PRANDI, Reginaldo. O Candomblé e o Tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileiras. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 16, n. 47, p. 1-16, outubro 2001.

KAFURENGÁ, Mam´etu. SANTOS, Maria Balbina dos. Pedagogia do Terreiro: experiências da primeira escola de religião e cultura de matriz africana do baixo sul da Bahia / Maria Balbina dos Santos. – 1. Ed. Simões Filho [BA]: Kalango, 2019.

ALVES, R. Alegria de ensinar. Campinas, SP: Papirus, 2001.

REIS, Rafaela Santos dos; RIBEIRO, Elder Pereira. A Lavagem da Purificação-BA: Cenas, Sensibilidades e a Religiosidade Popular. Sacrilegens, [S. l.], v. 16, n. 1, p. 212–221, 2019.

SANTOS, M. Stella de Azevedo. Meu Tempo é Agora. 2ª edição. — Salvador: Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 2010.

SANTOS, Silvia Maria Vieira dos. Jovem que velho respeita: as experiências e saberes da juventude candomblecista. 2015. 247f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2015.

SOARES, Emanoel Luís Roque. As vinte e uma faces de Exu na filosofia afrodescendente da educação: imagens, discursos e narrativas. 2008.188f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2008.

WEBER, Max. Économie e société v. 1. Paris: Plon, 1995.

WILLAIME, Jean-Paul. Sociologia das religiões. São Paulo: Unesp, 2012.

SODRÉ, Muniz. Claros e Escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2015.

Downloads

Publicado

2021-12-15

Como Citar

Ribeiro, E. P. ., & Oliveira , T. S. de. (2021). Anseios do Jovem do Candomblé: insurgências e proposições . Abatirá - Revista De Ciências Humanas E Linguagens, 2(4), 737–752. Recuperado de https://revistas.uneb.br/index.php/abatira/article/view/13043