PROPOSTA DE PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO PARA MEMBRO SUPERIOR EM PACIENTES PROTETIZADOS COM TECNOLOGIA 3D

Autores

  • Marcelo Mendes de Oliveira Faculdade Estácio de Feira de Santana
  • Jamilton Alves Dias Faculdade Estácio de Feira de Santana
  • Paula Hortência dos Santos Magalhães Faculdade Estácio de Feira de Santana
  • Menilde Araújo Silva Bião

Resumo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 1 bilhão de pessoas vivem com alguma deficiência, o que representa cerca de 15% da população mundial.No cenário brasileiro, segundo o senso do IBGE de 2010, existem 48.606.048 de pessoas com alguma deficiência no Brasil (visual, auditiva, intelectual ou motora), o que corresponde a 23,9% da população total do país. A Tecnologia Assistiva atualmente é uma área em ascensão, tendo como foco principal a assistência a pessoa com deficiência permitindo a inclusão, ao dispor de recursos que auxiliam a independência funcional, aprendizagem, comunicação e interação com o mundo. Dentre as categorias da Tecnologia Assistiva encontram-se as próteses, que são dispositivos aplicados no corpo com o objetivo de substituir determinado segmento, seja ele amputado ou com má formação.A tecnologia está em constante evolução, e na área de prótese não é diferente. A prototipagem rápida ou próteses 3D é o que há de mais novo nesse cenário, abrindo possibilidades para confecção de dispositivos de baixo custo e que atendam a necessidade de quem precisa.Este trabalho apresenta uma proposta de protocolo para reabilitação para membro superior direcionado a usuários protetizados com tecnologia 3D, tendo como referência a experiência dos autores no Projeto de Extensão em Prótese e Órtese desenvolvido no período de 2016 a 2018 na Faculdade Estácio de Feira de Santana em parceria com a comunidade e-NABLE Brasil. O protocolo apresentado propõe a reabilitaçãodo usuário de prótese 3D  em quatro etapas: a primeiraconsistiu na avaliação funcional dos sujeitos (anamnese, exame físico, diagnóstico funcional, objetivos e condutas) e a prescrição da prótese;a segunda etapa consistiu no preparo do coto antes da protetização; a terceira etapa foi composta da recepção da prótese e a primeira prova do dispositivo pelo usuário para realização de ajustes; na quarta e última etapa foi realizada a intervenção  fisioterapêutica visando promover a melhor independência funcional possível com o uso do dispositivo. Conclui-se que o protocolo desenvolvido serviu como ferramenta indispensável para a manutenção da funcionalidade da pessoa com deficiência, contribuindo com a qualidade de vida e inclusão social.


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Publicado

2020-03-30

Edição

Seção

Artigos