Estratégias de Desenvolvimento da Comunidade Quilombola da Barra do Parateca em Carinhanha-Ba, a partir da Produção de Aves de Postura e Pesca Extrativista
Mots-clés :
Comunidades tradicionais, Quilombos, Ressignificação cultural, TerritorialidadeRésumé
A identidade quilombola está estritamente aliada às práticas culturais, ancestralidade e tradição e, sua territorialidade está fundamentada no uso comum da terra. Assim, o presente artigo tem por objetivo descrever as estratégias de desenvolvimento da comunidade quilombola da Barra do Parateca em Carinhanha-Bahia, mediante a produção de aves de postura e pesca extrativista. Para tanto, esta pesquisa se desenvolveu através de entrevistas e relatos de membros da comunidade e pesquisa bibliográfica sobre o histórico local. A comunidade pratica a avicultura e pesca de subsistência para geração de renda e autoconsumo. Desta forma, suas narrativas refletem a necessidade do alinhamento do saber tradicional ao tecnológico social, para que sejam levadas em consideração as mudanças ao longo do tempo e sejam construídos processos de ressignificação.
Téléchargements
Références
ACERVO RACISMO AMBIENTAL. INCRA. Território Quilombola Barra do Parateca tem relatório publicado, 2015. Disponível em: https://acervo.racismoambiental.net.br/2015/05/21/territorio-quilombola-barra-do-parateca-tem-relatorio-publicado/. Acesso em: 29 set. 2024.
ALMEIDA, A. W. B. de. Os Quilombos e as Novas Etnias. In: O’DWYER, E. C. Quilombos: identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.
CASTRO, E.; PINTON, F. Faces do trópico úmido, conceitos e questões sobre desenvolvimento e meio ambiente. Belém: Cejup, 1997.
COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO DE SÃO PAULO. Barra do Parateca, 2023. Disponível em: https://cpisp.org.br/barra-do-parateca/. Acesso em: 29 set. 2024.
FÓRUM MUNDIAL DE SOBERANIA ALIMENTAR. Declaração Final do Fórum Mundial sobre Soberania Alimentar, 2001. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/acervo/documentos/declaracion-final-del-foro-mundial-sobre-soberania-alimentaria. Acesso em: 29 set. 2024.
GOMES, F. S. Roceiros, mocambeiros e as fronteiras da emancipação no Maranhão. In: CUNHA, O. M. G.; GOMES, F. S. Quase-cidadão: Histórias e antropologias da pós emancipação no Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.
GUEDES, L. M. Estratégias de sobrevivência: O aprender com a resistência em comunidades Remanescente de Quilombolas. 42 f. 2000. Monografia (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade do Estado da Bahia, 2000.
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA (INCRA). Relatório de Identificação, Delimitação e demarcação (RTID) da Comunidade Quilombola Parateca Pau D’Arco. Município de Malhada-BA. Bahia: UFBA/UNEB, 2006.
LEITE, I. B. Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas. Etnográfica, v. 4, n. 2, p. 333-354, 2000.
MALUF, R. S. Segurança alimentar e nutricional com valorização da cultura alimentar. In: Cultura e alimentação – saberes alimentares e sabores culturais. São Paulo: SESC, 2007.
MARQUES, J. G. W. Aspectos ecológicos na etnoictiologia dos pescadores do complexo estuarino-lagunar Mandau-Manguaba, Alagoas. 1991. 296 f. Tese (Doutorado em Ecologia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1991.
MENDES, P. M. et al. Segurança alimentar em comunidades quilombolas: estudo comparativo de Santo Antônio (Concórdia do Pará) e Cacau (Colares, Pará). 2006. 155 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido, Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Belém, 2006.
MORAIS, F. F.; SILVA, C. J. Conhecimento ecológico tradicional sobre fruteiras para pesca na comunidade de Estirão Comprido, Barão de Melgaço - Pantanal matogrossense. Biota Neotropica, v. 10, n. 3, p. 197-203, 2010.
NASCIMENTO, A. S. Da natureza à mesa: a pesca artesanal na vida e alimentação dos quilombolas da Comunidade de Mangueiras. 173f. 2020. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas, Instituto Amazônico de Agriculturas Familiares, Universidade Federal do Pará, Belém, Ilha do Marajó-PA, 2020.
OBSERVATÓRIO QUILOMBOLA E TERRITÓRIOS NEGROS. Refúgio de escravos originou povoado, 2006. Disponível em: https://kn.org.br/oq/2006/08/16/refugio-de-escravos-originou-povoado/. Acesso em: 29 set. 2024.
O'DWYER, E. C. O papel social do antropólogo. A aplicação do fazer antropológico e do conhecimento disciplinar nos debates públicos do Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: E-papers, 2010.
SANTOS, V. P. A dinâmica do sistema agroextrativista do quilombo Pau D’arco e Parateca – Malhada/BA: apontamentos para a gestão territorial e a sustentabilidade. 128 f. 2019. Dissertação de Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT), Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília - DF, 2019.
TEISSERENC, P. Reconhecimento de saberes locais em contexto de ambientalização. Novos Cadernos NAEA, v. 13, n. 2, 2011.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
O encaminhamento dos textos para a revista implica a autorização para a publicação.
A aceitação para a publicação implica na cessão de direitos de primeira publicação para a revista.
Os direitos autorais permanecem com os autores.
Os autores dos textos assumem que são autores de todo o conteúdo fornecido na submissão e que possuem autorização para uso de conteúdo protegido por direitos autorais reproduzido em sua submissão.