ANÁLISE INSTITUCIONAL E APOIO INSTITUCIONAL: COLETIVIZAÇÃO COMO PRÁTICA DE RESISTÊNCIA
Palavras-chave:
Democracia, Fortalecimento Institucional, Sistema Único de SaúdeResumo
Introdução: O presente artigo parte da análise da crise política, ética e ideológica promovida pelo avanço da lógica neoliberal e seus efeitos de fragilização do Sistema Único de Saúde (SUS). A legitimação de práticas de devastação de garantias sociais, coloca em xeque a existência de um sistema de saúde que se quer universal, integral e com equidade. Objetivo: Buscando evidenciar estratégias de resistência ao desmonte do SUS, apresenta a Análise Institucional e o Apoio Institucional como dispositivos capazes de mobilizar forças destituintes da lógica neoliberal nas práticas de gestão e de cuidado no campo da saúde. Método: Trata-se de uma revisão conceitual que aproxima as ferramentas da Análise Institucional e Apoio Institucional como recursos de práticas destituintes no SUS. Resultado: O trabalho a ser realizado a partir destas ferramentas, no contexto de crise e avanço neoliberal, é o de acionar a ação coletiva para colocar o trabalho e as implicações institucionais em análise. Conclusão: Apoiar coletivos, portanto, se apresenta como uma ação de suporte para a produção de uma saúde que seja trincheira de resistência ao desmonte das políticas públicas.
Downloads
Referências
Conferência Nacional de Saúde (BR). Anais 8ª Conferência Nacional de Saúde. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1987. Disponível em: http://www.ccs.saude.gov.br/cns/pdfs/8conferencia/8conf_nac_anais.pdf
Pasche DF, Righi LB, Thomé HI, Stolz ED. Paradoxos das políticas de descentralização de saúde no Brasil. Rev Panam Salud Pública. 2006; 20(6):416–22. Disponível em: https://scielosp.org/article/rpsp/2006.v20n6/416-422/
Menegat M. A crítica do capitalismo em tempos de catástrofe: O giro dos ponteiros do relógio no pulso de um morto. Rio de Janeiro: Consequência; 2019.
Santos, NR dos. O SUS na prática: qual a política pública de saúde? [Internet]. 08/01/2016 05h 01. 2016. Disponível em: http://cebes.org.br/2016/01/o-sus-na-pratica-qual-a-politica-publica-de-saude/ acesso em: 31 de maio de 2019.
Campos GW de S. SUS: o que e como fazer? Cien Saude Colet [Internet]. 2018;23(6):1707–14. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232018000601707&lng=pt&tlng=pt
Menicucci T, Gomes S. Políticas Sociais: Conceitos, trajetórias e a experiência brasileira. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2018.
Teixeira M, Martins M, Silva V. Novos Desenhos Institucionais e Relações de Trabalho no Setor Público de Saúde no Brasil: as Organizações Sociais e as Fundações Estatais de Direito Privado. Trab em Saúde, Desigual Sociais e Políticas Públicas. 2014;89–99. Disponível em: http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cics_ebooks/article/view/1900
Campos GW de S. Saúde Paideia. 4a. São Paulo: Hucitec; 2013.
Peters MA. Economias Biopolíticas da Dívida. 2016;14.
Safatle V. O circuito dos afetos: Corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. São Paulo: Autêntica; 2016.
Negri A. Exílio seguido de valor e afeto. Coleção Po. São Paulo: Iluminuras; 2001.
Negri A, Hardt M. Bem estar comum. Rio de Janeiro: Record; 2016.
Pelbart P. A comunidade dos sem comunidade. In: Pacheco, A.; Cocco, G.; Vaz PO, editor. O trabalho da multidão: império e resistências. Rio de Janeiro: Gryfus; 2002.
Rodrigues HBC. À beira da brecha: uma história da Análise Institucional francesa nos anos 60. In: Amarante P, editor. Ensaios: subjetividade, saúde mental, sociedade. Rio de Janeiro: Hucitec; 2000.
Paulon SM. Instituição e intervenção institucional: percurso conceitual e percalços metodológicos. 2009;5:189–226. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/mnemosine/article/view/41440
Guattari F. O dossier: Michel Foucault, últimas entrevistas. In: Escobar CH, editor. As instituições e os discursos. Rio de Janeiro: Taurus; 1974.
Guattari F. Revolução Molecular: Pulsações políticas do desejo. São Paulo: Brasiliense; 1987.
Lapassade G. Grupos, organizações e instituições. Rio de Janeiro: Francisco Alves; 1977.
Lourau R. A análise institucional. Petrópolis: Vozes; 1995.
Campos GW de S. Um método para análise e co-gestão de coletivos. 2a. São Paulo: Hucitec; 2005.
Lourau R. Análise Institucional e Práticas de Pesquisa. Mnemosine. 2007;3(2):7–117.
Banco Mundial. Propostas de reformas do Sistema Único de Saúde Brasileiro. Banco Mundial; 2019.
UOL. Senado aprova perdão de R$ 2 bilhões a planos de saúde. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/04/15/senado-aprova-perdao-de-r-2-bilhoes-a-planos-de-saude.htm acesso em: 30 de maio de 2019
Miranda A. Institucionalidades Jurídicas e Administrativas de estabelecimentos de saúde nas regiões de saúde. Novos Caminhos: Pesquisa Política, Planejamento e Gestão das Regiões e Redes de Atenção à Saúde no Brasil. Regiões e Redes: Caminhos da universalização da saúde no Brasil; 2017. Disponível em: http://www.resbr.net.br/wp-content/uploads/2017/04/Novos_Caminhos_16.pdf
Antunes, R. O privilégio da servidão: O novo proletário de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo; 2018.
Comitê Invisível. Motim e destituição agora. 2a. Comitê Invisível, editor. São Paulo: n-1; 2018.
Negri A, Hardt M. Declaração: isto não é um manifesto. 2a. São Paulo: n-1; 2016. 143 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Simone Paulon, Dário Frederico Pasche, Robert Filipe dos Passos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Práticas e Cuidado: Revista de Saúde Coletiva (PC-RESC) implica na transferência, pelas(os) autoras(es), dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os manuscritos publicados nesta revista são das(os) autoras(es), com direitos da PC-RESC sobre a primeira publicação. As(os) autoras(es) somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando explicitamente a PC-RESC como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.