Memórias de abandono, tortura e ditadura militar

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/pdi.v13n1.p297

Palavras-chave:

Ditadura militar brasileira, Militância feminina, Tortura, Autoria feminina

Resumo

A militante da Ação Popular Derlei Catarina de Luca testemunhou suas experiências com o movimento de resistência ao regime ditatorial brasileiro em No corpo e na alma, obra que evidencia tempos de abandono, solidão, dores e silêncios, e que contribui com a democratização da escrita da história da ditadura militar brasileira, ao ressaltar o protagonismo das mulheres na participação ativa de combate ao período repressivo. Seu testemunho rememora momentos de tortura e trauma, e contribui com a construção da memória social e coletiva sobre a ditadura, atuando como gesto de resistência ao apagamento que circunda o período.

[Recebido em: 20 mar. 2023 – Aceito em: 10 jun. 2023]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Janaína Buchweitz e Silva, Universidade Federal de Pelotas - UFPel

Graduada em Letras- Habilitação em Língua Espanhola e Literaturas de Língua Espanhola pela Universidade Federal de Pelotas (2002). Especialista em Língua Espanhola (UCPel - 2004), Especialista em Educação (UFPel - 2009), e Especialista em Educação para a Diversidade (UFRGS - 2014).

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha (Homo Sacer III). Tradução de Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

Brasil: nunca mais. Arquidiocese de São Paulo: prefácio de Dom Paulo Evaristo Arns. 41ª ed. 4ª reimp. Petrópolis: Vozes, 2018.

CARVALHO, Luiz Maklouf. Mulheres que foram à luta armada. São Paulo: Editora Globo, 1998.

DE LUCA, Derlei Catarina. No corpo e na alma. Criciúma: Editora do autor, 2002.

FERREIRA, Elizabeth F. Xavier. Mulheres, militância e memória. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora, 1996.

FIGUEIREDO, Eurídice. A literatura como arquivo da ditadura brasileira. 1ª ed. 1ª reimp. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2017.

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Verdade e memória do passado. In: Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2009.

GINZBURG, Jaime. Escritas da tortura. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

KEHL, Maria Rita. Tortura e sintoma social. In: TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

RIDENTI, Marcelo Siqueira. As mulheres na política brasileira: os anos de chumbo. Tempo social: Rev. Sociol. USP: São Paulo, 2 (2): 113-128, 2.sem. 1990. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ts/a/QBnBNdHBv3pLJNdMWp4bL4k/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 fev. 2023.

SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. Tradução de Rosa Freire d’Aguiar. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

TELES, Edson; SAFATLE, Vladimir. O que resta da ditadura: a exceção brasileira. São Paulo: Boitempo, 2010.

VALADARES, Loreta. Estilhaços: em tempos de luta contra a ditadura. Salvador: Secretaria da Cultura e Turismo, 2005.

Publicado

2023-08-13

Como Citar

BUCHWEITZ E SILVA, J. Memórias de abandono, tortura e ditadura militar. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 13, n. 1, p. 297–318, 2023. DOI: 10.30620/pdi.v13n1.p297. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/v13n1p297. Acesso em: 5 nov. 2024.