O ataque à “Boa Terra”: sambistas, pagodeiros baianos e sua música na mira da provocação, da galhofa e do preconceito
DOI:
https://doi.org/10.30620/p.i..v8i2.5912Resumo
O presente artigo busca analisar os sentidos de discursos provocativos e preconceituosos contra os sambistas e pagodeiros baianos, por parte de agentes do mundo do samba, como músicos, jornalistas e críticos culturais, aproveitando parte de pesquisa prévia para projeto de pesquisa, aprovado no Programa de Pós-Graduação em História, da Universidade Federal da Bahia, somado a pesquisas posteriores. Parte-se de 1918, com a polêmica entre o sambista carioca Sinhô e Pixinguinha e sua turma, trazendo exemplos de enunciados preconceituosos na década de 30. Em outro recorte, de 1990 em diante, expõe-se alguns exemplos de ataques discursivos ao samba e ao pagode baiano por parte de músicos e jornalistas contemporâneos. Os processos de construção de identidades e tradições fundamentam teoricamente a abordagem, a partir de autores como Stuart Hall, Roger Chartier, Eric Hobsbawm, dentre outros. Utiliza-se, ainda, da análise do discurso, proposta por Hall. Se, por um lado, buscou-se sobrepor o nascente samba urbano carioca aos outros sambas regionais; por outro, o pagode baiano tem sido alvo de desqualificações, desde sua dimensão mercadológica até os seus usos, vivências e práticas.
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