Diálogos transculturais entre autóctones e alóctones no Canadá: para novos paradigmas

Autores

  • Luciana Rassier
  • Jean-François Brunelière

DOI:

https://doi.org/10.30620/p.i..v8i1.5194

Resumo

As múltiplas configurações dos contatos culturais entre populações de diversas origens que podem ser encontradas no Canadá favorecem as reflexões sobre conceitos como multiculturalismo, interculturalismo e transculturalismo, apesar da persistência de certas tendências históricas – como o uso excessivamente sistemático do pensamento eurocêntrico, tradicionalmente baseado em paradigmas binários – e a presença ainda tímida de vozes autóctones na esfera pública. Quando estas últimas são levadas em conta, debates construtivos levam à elaboração de soluções originais (“canadenses”), suscetíveis a responder igualmente a situações relativas ao conviver em outras regiões do mundo. O estudo de diferentes textos canadenses permite apresentar algumas abordagens que se mostram particularmente pertinentes. Assim, Highway (2013) propõe uma análise de paradigmas culturais a partir da mitologia, Sioui (2002) sugere uma reescrita da história dos primeiros contatos do ponto de vista dos autóctones, enquanto Béchard e Fontaine (2016) estabelecem um diálogo epistolar sobre a questão do racismo. Observa-se que os novos paradigmas mais fluídos (IMBERT; BERND, 2015), provenientes da cultura autóctone canadense, colocam novamente em pauta visões de mundo que valorizam o respeito mútuo na coletividade e a relação com a Mãe-Terra.

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Publicado

2018-07-19

Como Citar

RASSIER, L.; BRUNELIÈRE, J.-F. Diálogos transculturais entre autóctones e alóctones no Canadá: para novos paradigmas. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 8, n. 1, p. 15–32, 2018. DOI: 10.30620/p.i.v8i1.5194. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/5194. Acesso em: 10 out. 2024.