Diálogos transculturais entre autóctones e alóctones no Canadá: para novos paradigmas
DOI:
https://doi.org/10.30620/p.i..v8i1.5194Resumo
As múltiplas configurações dos contatos culturais entre populações de diversas origens que podem ser encontradas no Canadá favorecem as reflexões sobre conceitos como multiculturalismo, interculturalismo e transculturalismo, apesar da persistência de certas tendências históricas – como o uso excessivamente sistemático do pensamento eurocêntrico, tradicionalmente baseado em paradigmas binários – e a presença ainda tímida de vozes autóctones na esfera pública. Quando estas últimas são levadas em conta, debates construtivos levam à elaboração de soluções originais (“canadenses”), suscetíveis a responder igualmente a situações relativas ao conviver em outras regiões do mundo. O estudo de diferentes textos canadenses permite apresentar algumas abordagens que se mostram particularmente pertinentes. Assim, Highway (2013) propõe uma análise de paradigmas culturais a partir da mitologia, Sioui (2002) sugere uma reescrita da história dos primeiros contatos do ponto de vista dos autóctones, enquanto Béchard e Fontaine (2016) estabelecem um diálogo epistolar sobre a questão do racismo. Observa-se que os novos paradigmas mais fluídos (IMBERT; BERND, 2015), provenientes da cultura autóctone canadense, colocam novamente em pauta visões de mundo que valorizam o respeito mútuo na coletividade e a relação com a Mãe-Terra.
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