Por uma abordagem ecológica da linguagem

Autores

  • Paulo Henrique Duque UFRN

DOI:

https://doi.org/10.30620/p.i..v5i1.2688

Palavras-chave:

Cognição Ecológica, Semântica Cognitiva, Gramática de Construção

Resumo

Neste artigo, pretendo especificar como um tipo particular de conhecimento sobre o mundo (affordances) interage com um tipo específico de conhecimento linguístico (construções) para produzir significado. Para isso, identificarei alguns processos envolvidos nessa integração, alguns tipos de combinação possíveis e algumas consequências semânticas dessas combinações, adotando o mecanismo de indexação proposto por Glenberg e Robertson (1999), de acordo com o qual, a compreensão de enunciados engloba três procedimentos: indexação, derivação e combinação de affordances, com base em restrições físicas e biológicas, bem como restrições sintáticas fornecidas pela sentença. À medida que a cognição se desenvolve na interação organismo-ambiente, a maneira como semantizamos o mundo depende sobremaneira dos recursos biológicos e físicos fornecidos pelo ecossistema do qual fazemos parte. Integrados ao ecossistema, gerenciamos inputs, percebemos, reconhecemos e associamos entidades em tempo real e, assim, aliviamos nossas memórias. Diante disso, a integração da estrutura conceptual (conceitos) com a estrutura material (física, do ambiente, e biológica, do organismo) parece ser uma estratégia cognitiva fundamental.

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Publicado

2016-08-30

Como Citar

DUQUE, P. H. Por uma abordagem ecológica da linguagem. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 5, n. 1, p. 55–78, 2016. DOI: 10.30620/p.i.v5i1.2688. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/2688. Acesso em: 19 nov. 2024.