Literatura e linguística

signos e paisagens por uma ciência aberta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/pdi.v12n2.p237

Palavras-chave:

Língua, Literatura, Crítica cultural, Transdisciplinaridade, Ciência aberta, Socialismo

Resumo

Trata-se de uma investigação sobre as contribuições do campo linguístico-literário para se ampliar e consolidar a noção de ciência aberta e suas práticas transdisciplinares, destacando o papel da crítica cultural, engendrada com os recursos epistemológicos do próprio campo, mas com a função de problematizar e anular a dicotomia estruturante entre estudos linguísticos e estudos literários, bem como, de mapear as viradas linguístico-literárias em outros domínios do conhecimento, e como resultados relevantes, entre eles, a criação de uma encruzilhada ou zona de fronteiras dos saberes a favor da emancipação de sujeitos e povos despejados de sua língua, cultura, territórios e do trabalho do si, contra saberes e poderes opressores e excluentes.

[Recebido em: 20 nov. 2022 – Aceito em: 15 dez. 2022]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Osmar Moreira dos Santos, Universidade do Estado da Bahia - UNEB

Professor do Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural do Departamento de Linguística, Literatura e Artes, do Campus II/UNEB – Alagoinhas, Bahia. Doutor em Letras pelo Instituto de Letras da UFBA. CV: http://lattes.cnpq.br/5981899045893057.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção – Homo Sacer I. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.

AGAMBEN, Giorgio. O reino e a glória: uma genealogia da economia e do governo. Homo Sacer II.Trad. Selvino José Assmann. São Paulo: Boitempo, 2011a.

AGAMBEN, Giorgio. Infancia e historia: destrucción de la experiência y origen de la historia. Trad. Silvio Mattoni. Cordoba, Argentina: Adriana Hidalgo Editora, 2011b.

AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha – Homo Sacer III. Trad. Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo. 2008.

AGAMBEN, Giorgio. O que é contemporâneo? E outros ensaios. Trad. Vinicius Nicastro Honesco. Chapecó: Argos, 2010.

ANCHIETA, José de. Auto representado na Festa de São Lourenço. Rio de Janeiro: Serviço Nacional de Teatro – Ministério da Educação e Cultura, 1973, p. 12.

BARTHES, Roland. Aula. Trad. Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Cultrix, 1980.

CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários Escritos, 5. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2011.

CASTRO, Viveiros de. Perspectivismo e multinaturalismo na América. In: A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac & Naify, 2002.

CENTRO DE ESTUDOS EUCLIDES DA CUNHA (CEEC/UNEB). Arqueologia e reconstituição monumental do Parque Estadual de Canudos. Salvador: UNEB, 2002.

CLASTRES, Pierre. A sociedade contra o Estado. Trad. Theo Santiago, 4. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988.

DELEUZE, Gilles. Lógica do sentido. Trad. Luiz Roberto Salinas Fortes. São Paulo: Perspectiva, 1988.

DERRIDA, Jacques. Posições. Trad. Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

DEUTSCHER, Isaac. Stalin: uma biografia política. Trad. Luiz Sérgio Henriques. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

DUMONT, Renê. Les communes populares rurales chinoises. Persee: Revus chientifiques, vol. 29, nº 4, 1964, p. 380-397. Disponível em: http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/polit_0032-342x_1964_num_29_4_2269. Acesso: 5 abr. 2015.

FIORIN, José Luiz, FLORES, Valdir do Nascimento, BARBISAN, Leci Borges (Org.). Saussure: a invenção da linguística. São Paulo: Contexto, 2013.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GÂNDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da Terra do Brasil. Brasília: Edições do Senado Federal, 2008.

GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Cia das Letras, 1989.

JAMESON, Fredric. O inconsciente político: a narrativa como ato socialmente simbólico. Trad. Valter Lellis Siqueira. São Paulo: Editora Ática, 1992.

MACEDO, Rogério Fernandes de. As bases da sinologia ocidental e a construção da sinologia chinesa com Wang Li. Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP, 2021 (tese de doutorado)

MARX, Karl. A guerra civil na França. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2011.

MÉSZÁROS, István. O século XXI: socialismo ou barbárie? São Paulo: Boitempo, 2003.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento: política e filosofia. Trad. Ângela Leite Lopes. São Paulo: Editora 34, 1996.

SANTOS, Osmar Moreira dos. A luta desarmada dos subalternos. Belo Horizonte: EditoraUfmg, 2016.

SANTOS, Osmar Moreira dos. Platô de Crítica Cultural na Bahia: Por um roteiro de trabalho científico transgressor. In: ATAÍDE, Cleber et al. (Org.). Cartografia GelNE: 20 anos de pesquisas em Linguística e Literatura (vol. II). Campinas, São Paulo: Pontes Editores, 2019.

SANTOS, Osmar Moreira dos. Um banquete antropofágico: violência originária e táticas de negociação cultural emergentes no Brasil. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2020.

SANTIAGO, Silviano. O cosmopolitismo do pobre: crítica literária e crítica cultural. 1. reimpr., Belo Horizonte, Editora UFMG, 2004.

SAUSURRE, Ferdinand de. Mémoire sur le système primitif des voyelles dans les langues indo-européennes. Leipsick, B. G. Teubner, 1879.

SAUSURRE, Ferdinand de. Curso de linguística geral. Charles Bally e Albert Sechehaye (Org.), colab. Albert Riedlinger. Trad. Antonio Chelini, José Paulo Paes e Izidoro Blikstein, 28. ed., São Paulo, Cultrix, 2012.

SCHWARZ, Roberto (Org.). Os pobres na literatura brasileira. São Paulo, Brasiliense, 2003.

SLOTERDIJK, Peter. Regras para o parque humano: uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

SLOTERDIJK, Peter. O desprezo das massas: ensaio sobre lutas culturais na sociedade moderna. Trad. José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Estação Liberdade, 2002a.

SLOTERDIJK, Peter. O Quinto “evangelho” de Nietzsche: é possível melhorar a boa nova? Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2004.

SLOTERDIJK, Peter. Se a Europa despertar: reflexões sobre o programa de uma potência mundial ao final da era de sua letargia política. Trad. José Oscar de Almeida Marques. Campinas: Estação Liberdade, 2002b.

SOUZA, Eneida Maria. Tempo de Pós-Crítica: ensaios. São Paulo: Linear B; Belo Horizonte: Veredas & Cenários, 2007.

TROTSKI, Leon. Literatura e revolução. Trad. Luiz Alberto Moniz Bandeira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.

XINGJIAN, Gao. Temoignage de la littérature. Paris: Seuil, 2004.

Publicado

2023-02-07

Como Citar

SANTOS, O. M. dos. Literatura e linguística: signos e paisagens por uma ciência aberta. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 12, n. 2, p. 237–256, 2023. DOI: 10.30620/pdi.v12n2.p237. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/16410. Acesso em: 13 nov. 2024.