Militarismo e pacifismo em Euclides da Cunha
o caso Canudos
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v12n2.p61Palavras-chave:
Conflitos bélicos, Guerra de Canudos, Militaristas, Pacifistas, José Ortega y Gasset, Max Scheler, Euclides da CunhaResumo
O presente ensaio discute duas noções inerentes ao pensamento de Euclides da Cunha: militarismo e pacifismo. Com base na biografia e declarações epistolares do escritor brasileiro, busca-se um modo de compreender o seu posicionamento quanto aos conflitos bélicos em geral e, mais particularmente, à guerra de Canudos. A nossa intenção, ao estabelecermos tal discussão, foi advertir possíveis intérpretes da Guerra de Canudos sobre o risco de, apressada ou imprudentemente, se concluir que Euclides abraçava o militarismo de forma cega ou definitiva. Esperamos que através de nossa análise – elencando certas figuras pacifistas dos séculos XIX e XX e, principalmente, com o apoio dos argutos comentários de José Ortega Gasset sobre as ideias de Max Scheler sobre a guerra – poder-se-á entender melhor a trajetória que percorreu o autor de Os sertões, o qual, por um lado, adere-se à ideologia do Exército num primeiro momento de sua vida adulta e, por outro, logo mais tarde renuncia-a para abraçar a das soluções pacíficas ou diplomáticas entre as nações.
[Recebido em: 20 nov. 2022 – Aceito em: 15 dez. 2022]
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