Canudos e a República Brasileira na imprensa internacional em 1897
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v12n2.p139Palavras-chave:
Canudos, Imprensa internacional, 1897, Antônio Conselheiro, FLICANResumo
A 3ª FLICAN "Revisitar Canudos, reinventar ou o Brasil" realizada em agosto de 2022 tornou-se um espaço de discussão e atualização de estudos sobre o acontecimento bélico de Canudos no âmbito das comemorações dos 125 anos da Guerra de Canudos e dos 120 anos da publicação da obra Os Sertões de Euclides da Cunha. Este artigo, lido no Alto da Favela, busca contribuir para essa refundação de Canudos a partir do estudo das publicações jornalísticas por meio das quais a guerra se espalhou internacionalmente em países como Argentina, México, Espanha e Estados Unidos. Interessa-nos apontar como Canudos, no plano nacional, pode ser pensado e analisado como o grau zero da fundação da República brasileira no final do século XIX. No entanto, no plano internacional, a narração da guerra e as representações de Antônio Conselheiro encontram linhas de fuga nada previstas pelas chamadas “narrativas nacionais” que põem em crise e problematizam a assimilação do acontecimento pelas versões hegemônicas. Na tensão entre esses dois aspectos históricos, e diante das políticas antipopulares do governo Bolsonaro, a FLICAN nos propõe, a partir de seu trabalho educacional e cultural, a refundação de um Brasil novo e diverso.
[Recebido em: 20 nov. 2022 – Aceito em: 15 dez. 2022]
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