O álbum de guerra de Flávio de Barros
da história à memória (1897-2022)
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v12n2.p117Palavras-chave:
Memoria, Canudos, Fotografias de guerra, Euclides da Cunha, SertãoResumo
A partir da análise cruzada de algumas fotografias do álbum Canudos de Flávio de Barros e da informação biográfica sobre o "fotógrafo expedicionário", é possível compreender como estas imagens de propaganda de guerra se tornaram fontes históricas de valor etnográfico no século XX, quando foram incluídas na primeira edição de Os Sertões, em 1902, e ainda mais a partir da década de 1980, quando essas imagens têm sido utilizadas por historiadores e empresários de memória que, em Canudos, intentam reabilitar a experiência de vida comunitária que foi Belo Monte.
[Recebido em: 20 nov. 2022 – Aceito em: 15 dez. 2022]
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Referências
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