Quem era Gabriele D’Annunzio? Anjo ou demônio? Artista ou charlatão? Aventureiro ou vate?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30620/pdi.v12n1.p111

Palavras-chave:

Decadentismo, Esteticismo, Gabriele D’Annunzio, Literatura italiana, Superomismo

Resumo

A inigualável busca pela beleza e pela arte, bem como uma vida movida por escândalos elevam Gabriele D’Annunzio (1863-1938) à condição de um dos escritores mais brilhantes e polêmicos da Itália oitocentista. A constante confusão entre vida e obra cria múltiplas narrativas do autor e resulta na construção do mito dannunziano que abrange a dicotomia entre um esteticismo artístico e outro prático, as inúmeras apropriações artísticas e um conjunto de características que unifica o texto de Gabriele D’Annunzio, convergendo-o em um estilo único e inigualável chamado de dannunzianesimo – uma mistura entre narrativa ficcional e biográfica. Este artigo objetiva firmar-se em certos aspectos que definem o dannunzianesimo como o experimentalismo linguístico, o esteticismo e o superomismo, visando demonstrar de que forma a ousadia do autor o levaria à imortalidade através do amor sensual pela palavra (PRAZ, 2015).

[Recebido em: 21 mai. 2022 – Aceito em: 18 jun. 2022]

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiano Dalla Bona, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Possui graduação (Licenciatura) em Educação Artística Habilitação em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes do Paraná (1991) e mestrado em Letras (Língua e Literatura Italiana) pela Universidade de São Paulo (2003). Doutorado em Letras Neolatinas (Literatura Italiana) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2009). Pós-doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFRJ (2016). Professor de Língua e Literatura Italiana no Departamento de Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Júlia Lobão, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Possui licenciatura em Letras: Português – Italiano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); mestre em Letras Neolatinas/ Literatura italiana pelo Programa de Pós-graduação em Letras Neolatinas (PPGLEN) da UFRJ e atualmente é doutoranda e bolsista Capes em Letras Neolatinas/ Literatura italiana pela UFRJ.

Referências

BÀRBERI-SQUAROTTI, G. Le biografie come genere letterario e il caso d’Annunzio. In: CENTRO NAZIONALE STUDI DANNUNZIANI. Le molte vite dell'Imaginifico: biografie, mitografia e aneddotica. Convegno di studio (9, 10 novembre 2001, Chieti-Pescara) Pescara: Ediars, 2001, p. 7-11.

BINI, W. La poetica del decadentismo. Firenze: Il Ponte Editore-Fondo Walter Bini, 2014.

BORGESE, G. A. Gabriele D’Annunzio. Napoli: Riccardo Ricciardi Editore, 1909.

CAPPELLO, A. P. Fra aneddoti, memoria e luoghi comuni. Le ‘vite’ e la letteratura di Gabriele D’Annunzio. In: CENTRO NAZIONALE STUDI DANNUNZIANI. Le molte vite dell'Imaginifico: biografie, mitografia e aneddotica. Convegno di studio (9, 10 novembre 2001, Chieti-Pescara) Pescara: Ediars, 2001, p. 151-172.

CURRERI, L. D’Annunzio contro tutti. In: CURRERI, L. (Org.) D’Annunzio come personaggio nell’immaginario italiano ed europeo (1938-2008). Bruxelles: P. I. E. Peter Lang, 2008, p. 15-30.

D’ANNUNZIO, Gabriele. Altri taccuini. (org. Enrica Bianchetti). Milano: Mondadori, 1976.

D’ANNUNZIO, Gabriele. Il secondo amante di Lucrezia Buti. In: D’ANNUNZIO, Gabriele Prose di ricerca, di lotta, di comando, di conquista, di tormento, d’indovinamento, di rinnovamento, di celebrazione, di rivendicazione, di liberazione, di favole, di giochi, di balene. Vol. II. 3 ed. Milano: Mondadori, 1962. p. 147-411.

D’ANNUNZIO, Gabriele. Il libro ascetico della giovane Italia. Milano: L’Olivetana, 1926.

D’ANNUNZIO, Gabriele. Laudi del cielo, del mare, della terra e degli eroi. Libro III. Alcione. 1 ed. Milano: Fratelli Treves Editori, 1908.

D’ANNUNZIO, Gabriele. Il Piacere. 22. ed. Milano: Fratelli Treves Editori, 1906.

D’ANNUNZIO, Gabriele. L’armata d’Italia. 1. ed. Venezia: G. Zanetti Editore, 1888.

IL MARZOCCO. Anno I, n. 1. Firenze, 2 febb. 1896. Disponível em: http://www.vieusseux.it/coppermine/displayimage.php?album=133&pid=11699#top_display_media. Acesso em: 13 jan. 2021.

MALLARMÉ, S. Enquête sur l’évolution littéraire. Paris: Bibliothèque Charpentier, 1891.

MIRABILE, A. L’arte totale di Gabriele D’Annunzio. Amsterdam: Rodopi, 2014.

MORELLO, V. Gabriele D’Annunzio. Roma: Società Libraria Editrice Nazionale, 1910.

MUSSOLINI, B. Discorso di Pesaro (18 agosto 1926). In: MUSSOLINI, B. Scritti e discorsi: la rivoluzione fascista. Vol. II. Milano: Ulrico Hoepli, 1934, p. 152-153.

OLIVA, G. D’Annunzio: la malinconia come elemento autobiografico. In: CENTRO NAZIONALE STUDI DANNUNZIANI. Le molte vite dell'Imaginifico: biografie, mitografia e aneddotica. Convegno di studio (9, 10 novembre 2001, Chieti-Pescara) Pescara: Ediars, 2001, p. 45-63.

PIROMALLI, A. Storia della letteratura italiana. Disponível em: http://www.storiadellaletteratura.it/main.php?cap=19&par=3. Acesso em: 14 jan. 2021.

PRAZ, M. La carne, la morte e Il diavolo nella letteratura romantica. 5 ed. Milano: Rizzoli, 2015.

SAVINIO, A. Pronomi. Milano: Adelphi, 1977.

SAVIOTTI, G. Panorama della letteratura,dell’arte e della critica d’oggi. Il Barretti. Anno V, n. 2, Torino, 16 febb. 1928, p. 7-9. Disponível em: https://archive.org/stream/IlBaretti-Anno5-N.2-Febbraio1928/Il_Baretti_-_Anno_V%2C_n._2%2C_Torino%2C_1928#page/n0. Acesso em 13 jan. 2021.

SERRA, R. D’Annunzio (1911). In: SERRA, R. Scritti letterari, morali e politici, saggi e articoli dal 1900 al 1915. (org. Mario Isnenghi) Torino: Einaudi, 1974, p. 393-401.

Publicado

2022-08-29

Como Citar

BONA, F. D.; DINIZ, J. F. L. Quem era Gabriele D’Annunzio? Anjo ou demônio? Artista ou charlatão? Aventureiro ou vate?. Pontos de Interrogação – Revista de Crítica Cultural, Alagoinhas-BA: Laboratório de Edição Fábrica de Letras - UNEB, v. 12, n. 1, p. 111–134, 2022. DOI: 10.30620/pdi.v12n1.p111. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/pontosdeint/article/view/15001. Acesso em: 13 nov. 2024.