Antes e depois do tiro
a poética antigenocida dos saraus negros
DOI:
https://doi.org/10.30620/pdi.v11n1.p151Palavras-chave:
Genocídio, Periferia, Polícia Militar, Poesia, SarausResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar como, ao longo de toda república, as forças de segurança nacional, a serviço do Estado, implementaram um amplo processo de genocídio da população negra brasileira. As estatísticas, que a cada ano chocam com o aumento dos crimes, têm cada vez mais revelado o racismo estrutural entranhado nas policias militares e civis brasileira. Dito isto, é mais que necessário traçarmos um panorama dessa tragédia em andamento, vislumbrando sempre os dados cada vez mais realistas produzidos pelo próprio Estado, que insistem em dizer que não há racismo no Brasil, mas os números mostram o contrário. Esse artigo se propõe a debater, primeiramente, como se dar o surgimento e atuação das policias militares, principalmente, frente aos sujeitos marginalizados e periféricos. Depois mostrarem como os sujeitos marginalizados e periféricos usaram da poesia para denunciar e combater esse extermínio, escrevendo poesias, criando espaços culturais, movimentando espaços periféricos. As reflexões acerca desse genocídio são subsidiadas pelas contribuições de Michel Misse (2011); Mércia Amorim (2020); Maria Aparecida Bento (2002); além do Atlas da violência (2019) e relatos pessoais sofridos nas mãos da polícia militar.
[Recebido em: 21 mai. 2021 – Aceito em: 18 jun. 2021]
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