OS ESCRITOS PÚBLICOS FRONTEIRIÇOS:UM ESTUDO DA PAISAGEM DA FRONTEIRA OIAPOQUE-SAINT-GEORGES A LUZ DA ECOLINGUÍSTICA

LES ÉCRITS PUBLICS FRONTALIERS: UNE ÉTUDE DU PAYSAGE DE LA FRONTIÈRE OIAPOQUE – SAINT-GEORGES AU REGARD DE L’ÉCOLINGUISTIQUE

Autores

  • Jamille Nascimento UEAP
  • Kelly Day Universidade do Estado do Amapá - UEAP

DOI:

https://doi.org/10.53500/missangas.v3i6.15411

Palavras-chave:

Ecolinguística, Fronteira franco-brasileira, Política linguística

Resumo

Este trabalho objetiva apresentar o mapeamento dos escritos públicos presentes no panorama franco-brasileiro como resultado da investigação de como e se a paisagem linguística da fronteira expõe as estratégias político-linguísticas que são adotadas pelos falantes de Português e Francês em contato na região e como estas estratégias operam na modelagem da ecologia linguística. Além disso, o trabalho visa classificar e categorizar os escritos públicos de Oiapoque e elaborar um cenário dessas políticas in vitro e in vivo. As análises propostas são realizadas sob as perspectivas teórico-metodológicas provenientes das discussõe Ecolinguísticas de Haugen (1972), Couto (2002-2018), Albuquerque (2020), associadas às proposições sobre Política Linguística de Calvet (1996 -2002), Savedra e Lagares (2012), Spolsky (2016), bem como sobre a constituição do meio ambiente enquanto espaço  que reflete as dinâmicas linguísticas, com as abordagens sobre a Paisagem Linguística de Shohamy e Gorter (2009) que são fundamentais para o entendimento sobre os ecossistemas e suas espécies linguísticas. É um trabalho de cunho quanti-qualitativo e descritivo efetivado a partir da coleta imagética dos usos da língua francesa no lócus da pesquisa. De modo geral, percebeu-se que a paisagem linguística é por si só uma das estratégias de interação comunicativa ilustrando os usos cotidianos das línguas no ecossistema. Observou-se ainda que as placas tendem a ser o marco referencial dessas estratégias; é uma paisagem plurilinguística, concentrada, principalmente, na parte central da cidade e tende a ser oriunda de acordos pessoais, com finalidade informativa e com característica local, refletindo o bilinguismo endêmico da região.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, Davi Borges. A Ecologia da Interação Comunicativa: Metodologia e análise. REVISTA BRASILEIRA DE ECOLOGIA E LINGUAGEM. V.06, n. 01, p.124-154, 2020. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/erbel. Acesso em: 12.agosto.2021.
CALVET, Louis Jean. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002. Tradução Marcos Marcionilo.
CALVET, Louis Jean. Les politiques linguístiques. Paris : Presses Universitaires de France, 1996.
CENOZ, Jasone. GORTER, Durk. Linguistic, Landscape and Minority Languages. Jornal internacional do Multilinguísmo. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/255593078. Acesso: 20/04/2021.
COUTO, Hildo Honório. Ecolinguística. Brasília: IESPLAN, p.01-26, 2002.
COUTO, Hildo Honório. Ecolinguística: estudo das relações entre língua e meio ambiente. Brasília: Thesaurus, 2007.
COUTO, Hildo Honório. Linguística, ecologia e ecolinguística: contato de línguas. São Paulo: contexto, 2009.
COUTO, Hildo Honório. Ecolinguística (Ecolinguistics). Brasília: CADERNOS DE LINGUAGEM E SOCIEDADE, v.10, n.1, p.125 – 149, 2009.
COUTO, Hildo Honório. O que vem ser a Ecolinguística afinal? Brasília: CADERNOS DE LINGUAGEM E SOCIEDADE. v.14, n. 01, p.275-313, 2013.
COUTO, Hildo Honório. Linguística Ecossistêmica. Brasília: REVISTA BRASILEIRA DE ECOLOGIA E LINGUAGEM, v.01, n. 01, p.47-81, 2015. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/erbel. Acesso em: 10.Set.2021.
XXXXXX, XXXXXXXX. XXXXXXXXXXXXXXXX. XXXXXXXXXX, 2016.
DOURADO, Zilda. Ecossistema cultural: As inter-relações entre língua, corpo e cultura na roda de capoeira. Brasília: Anderson Nowogrodzki da Silva Editor, 2018.
GONÇALVES, Dania Pinto. Plurilinguísmo na Paisagem Linguística da fronteira entre fronteira Brasil e Uruguai. Orientador: Cléo Vilson Altenhofen. 2021. Tese de Dourado - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Instituto de Letras, Porto Alegre, 2021.
JIMENEZ, Arratia Jiménez. Dinámicas territoriales y discursos sobre biodiversidad en una comunidad andina de Bolívia. REVISTA BRASILEIRA DE ECOLOGIA E LINGUAGEM, v. 06, n. 01, p. 52-82, 2020. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/erbel. Acesso em 10.nov.2021.
LAKATOS, Eva e Marconi, Marina. Fundamentos da metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.
LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2008.
MAKKAI, Adam. Ecolinguistics: ¿ Toward a new **paradigm** for the Science of langage? Londres: Pinter Publishers. 1993.
SAVEDRA, Mônica Maria Guimarães. LAGARES, Xoán Carlos. Política e planificação linguística: conceitos, terminologias e intervenções no Brasil. Niterói: Gragoatá, 2012.
SHOHAMY, Elana. GORTER, Durk. Linguistic Landscape: expanding the scenery. New York: Routledge, 2009.
SILVA. I. et al. Multilinguísmo e políticas: análise de uma paisagem linguística transfronteiriça. Uberlândia: Domínios da Lingu@gem. 2016.
SOUSA, Socorro Cláudia Tavares de. SOARES Maria Elias. Um estudo sobre as políticas linguísticas no Brasil. Ceará: Revista de Letras, 2014.
XXXXXXXXXXXXXXXXXX,XXXXXXXXXXXXXXX, XXXXXXXXXXXXX 2021.
SPOLSKY, Bernard. Language Policy. Somerville: Cascadilla Press, 2005.
SPOLSKY, Bernard. Políticas Linguísticas: uma entrevista com Bernard Spolsky. REVEL, v.14, n.26.2016. Tradução de Ana Carolina Spinelli e Gabriel de Ávila Othero. Disponível em: http://www.revel.inf.br/pt/edicoes/?mode=especial. Acesso: 20.ago.2021
TORQUATO, Cloris Porto. Políticas Linguísticas, Linguagem e Interação Social. Rio de Janeiro: Revista Escrita, 2010.

Downloads

Publicado

2023-01-09