Identificação e catalogação de espécies de plantas medicinais presentes nas comunidades atendidas pela Incubadora de Iniciativas da Economia Popular e Solidária da Universidade Estadual de Feira de Santana (IEPS/UEFS)

Autores

  • Elizia Oliveira Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Beatriz dos Santos Soares Universidade Estadual de Feira de Santana
  • José Raimundo de Oliveira Lima Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Julianna da Silva Araújo Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.47551/mbote.v2i1.10187

Resumo

As plantas medicinais são correntemente utilizadas por comunidades tradicionais no tratamento de doenças e sintomas. O presente trabalho se objetivou em realizar um levantamento e identificação de espécies de plantas medicinais, utilizadas na Comunidade Quilombola da Lagoa Grande, Distrito de Maria Quitéria, Feira de Santana - BA, bem como para quais doenças ou sintomas são empregadas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 57 moradores locais, as quais permitiram identificar o uso de 87 espécies distintas de plantas medicinais, pertencentes à 40 famílias. As famílias mais citadas foram Lamiaceae (11,49%), Asteraceae (8,05%), Myrtaceae (5,75%), Anacardiaceae (4,60%) e Euphorbiaceae (4,60%). Já dentre as espécies em maior uso, estão a erva-cidreira (Lippia alba (Mill) N.E. Br.), o capim-santo (Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf.), tioiô comum (Ocimum gratissimum L.), hortelã-miúdo (Mentha X villosa Huds.), hortelã-graúdo (Plectranthus amboinicus), moringa (Moringa oleífera Lam.), boldo (Plectranthus neochilus Schltr.), e pitanga (Eugenia uniflora L). As folhas foram as partes vegetativas mais citadas (63,87%), seguidas do fruto (14,29%), enquanto as preparações dos remédios caseiros mais apontadas foram em forma de chás (48,39%), seja por infusão ou decocção. As doenças e sintomas mais comuns citados, foram aquelas relacionadas a problemas gastrointestinais (12,94%), além de indicações para gripe, que obtiveram a mesma porcentagem de recomendações (12,94%). Esse estudo permitiu observar que a Comunidade da Lagoa Grande, ainda guarda consigo o conhecimento acerca do uso de plantas medicinais, cuja maior preferência se dá por estas, ao invés de medicamentos industrializados, permitindo assim seu fortalecimento e conservação da biodiversidade local.

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Publicado

2021-09-09

Edição

Seção

Artigos