Políticas do Sistema Financeiro Nacional: uma Caracterização do Cooperativismo de Crédito no Brasil

Autores

  • Luciana Maria Costa Cordeiro Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
  • André Boaventura Marques Silveira Universidade de Brasília (UnB)
  • Sara Katherine Leite de Jesus Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
  • Vitor Gabriel Jesus Silva Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v12i3.13788

Palavras-chave:

Cooperativismo de Crédito, Sistema Financeiro Nacional, Pós-Keynesianismo

Resumo

O objetivo deste estudo é caracterizar as cooperativas de crédito do Brasil, analisando suas capacidades de atender às demandas existentes, buscando indicar a relação de causa-efeito das operações de crédito cooperativo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O artigo conta com a abordagem teórica do pensamento pós-keynesiano sobre a oferta de crédito, além de trazer similaridades e distinções em relação a outras vertentes do pensamento econômico. Para verificar a relação de causalidade entre o cooperativismo de crédito no Brasil e o crescimento econômico, utilizou-se o método de análise quantitativa das séries temporais, com base nos dados disponibilizados pelo governo por meio de canais eletrônicos gerenciados pelo Banco Central do Brasil (BACEN) como o IPEADATA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e o SGS – Sistema Gerenciador de Séries Temporais. Nossos resultados apontam para uma relação positiva entre as operações das cooperativas e o PIB. No entanto, não foi possível identificar o mesmo resultado no que se refere ao nível de empregos na economia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMADO, Adriana Moreira. Limites monetários ao crescimento: Keynes e a não-neutralidade da moeda. In: Ensaios FEE. Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 44-81, 2000.

AMORIM, Ricardo. Assimetria de Informações e racionamento de crédito: novo-keynesianos versus pós-keynesianos. Recuperado de: . Acesso em 29 novembro de 2020.

ANTUNES, José Leopoldo Ferreira; CARDOSO, Maria Regina Alves. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol Serv Saúde. Brasília, 2015.

ARONOVICH, Selmo. Uma nota sobre os efeitos da inflação e do nível de atividade sobre o spread bancário. Revista Brasileira de Economia, v. 48, 1994.

BACEN. Modelo De Negócios De Cooperativas De Crédito.Recuperado de: <https://www.bacen.gov.br/conteudo/relatorioinflacao/EstudosEspeciais/EE083_Modelo_de_negocios_de_cooperativas_de_credito.pdf>. Acesso em 04 de outubro de 2020.

__________. Relatório de Economia Bancária (2020). Recuperado de: <https://www.bcb.gov.br/content/publicacoes/boxe_relatorio_de_economia_bancaria/boxe_6_crescimento_cooperativas.pdf>. Acesso em 04 de outubro de 2020.

CAVALCANTE, A. T. M.; CROCCO, M; BRITO, M. L. A. Impactos macroeconômicos na variação regional da oferta de crédito. Análise Econômica. Porto Alegre, v. 25, n. 47, p. 85-120, 2007.

CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2007.

CHAIBI, Hasna; FTITI, Zied. Credit risk determinants: evidence from cross-country. Research in international business and finance, v. 33, p. 1-16, 2015.

CHAVES, S. S. O cooperativismo de crédito no Brasil: evolução e perspectivas. In: Desafios do Sistema Financeiro Nacional: o que falta para colher os benefícios da estabilidade conquistada. Elsevier-Campus. Rio de Janeiro, 2011.

GALA, P. S. O. S.; MACIEL, V. F. O problema do racionamento de crédito: uma possível convergência das abordagens pós-keynesianas e novo-keynesianas. Pesquisa & Debate, v. 11, n. 1(17), 2000.

GEDIEL, J.A. Os caminhos do cooperativismo. Curitiba: Editora UFPR, 2001.

GIACOMEL, Felipe dos Anjos. Um Método Algorítmico para Operações na Bolsa de Valores Baseado em Ensembles de Redes Neurais para Modelar e Prever os Movimentos dos Mercados de Ações. PPGC da UFRGS. Porto Alegre, 2016.

GUJARATI, Damodar N.; PORTER Dawn C. Econometria Básica. 5.ed. São Paulo: AMGH Editora Ltda., 2011.

KEYNES, John Maynard. A treatise on money: the applied theory of money. The Collected Writings of John Maynard Keynes, Royal Economic Society. London, v. 6, 1971.

__________. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Atlas, 1936.

__________. Teorias Alternativas da taxa de Juros. Lit. Econ., 9(2): 147-158, 1987. In: IPEA-INPES, Instituto de Planejamento Econômico e Social- Instituto de Pesquisas. Clássicos da Literatura Econômica. Rio de Janeiro, p. 317-327, 1988b.

HILL, R. Carter; GRIFFITHS, William E.; JUDGE, George G. Econometria. 2.ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2003.

IPEA. Carta de Conjuntura.Recuperado de: <https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/201208_cc_49_nota_27_evolucao_do_emprego.pdf>. Acesso em 05 de outubro de 2020.

IPEADATA. Ipea data macroeconômico. Recuperado de: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>. Acesso em 10 de setembro de 2020.

LADEIA, Renato. O PIB e a geração de empregos. Recuperado de: <https://administradores.com.br/artigos/o-pib-e-a-geracao-de-empregos>. Acesso em 10 de outubro de 2020.

LEMOS, B. P.; OREIRO, J. L. da C. Um modelo pós-keynesiano de crescimento e distribuição de renda aplicado à dinâmica das economias capitalistas desenvolvidas e em desenvolvimento. Economia e Sociedade. Campinas, SP, v. 15, n. 3, p. 475–514, 2016.

LIMA, Maria do Socorro Macedo Coelho et al. A Importância do cooperativismo de crédito no desenvolvimento regional. Revista Opara. Petrolina, v. 3, n. 1, 2013.

MARCON, Roni. O impacto no mercado de crédito nacional causado pelo cooperativismo no século XXI. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2011.

MCKILLOP, D.; FRENCH, D.; QUINN, B.; SOBIECH, A. L.; WILSON, J. O. S. Cooperative financial institutions: a review of the literature. International Review of Financial Analysis, n. 71, 2020.

MEINEN, Ênio; PORT Marcelo. Cooperativismo financeiro: percurso histórico, perspectivas e desafios. Brasília: Confebras, 2014.

MINSKY, Hyman P. Stabilizing an Unstable Economy. McGraw-Hill. New York, v. 1, 1986.

OCB, Sistema. Números do Cooperativismo. Recuperado de: https://www.ocb.org.br/numeros >. Acesso em 12 de outubro de 2020.

OLIVEIRA, Nestor Braz de. Cooperativismo: guia prático. Porto Alegre: Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos, 1979.

OLIVEIRA, T. D. S., ANDRADE, M. A. D., & GONÇALVES, A. S. A Teoria do Tripé Schumpeteriano e o Papel do Microcrédito no Desenvolvimento Econômico: uma análise do CREDIAMIGO. Natal: UFRN, 2011.

OREIRO, José Luís da Costa, et al. Determinantes macroeconômicos do spread bancário no Brasil: teoria e evidência recente. Revista de Economia Aplicada, Ribeirão Preto, v. 10, 2006.

PORTAL, C.F. Portal do Cooperativismo Financeiro. 2020.Recuperado de: <https://www.cooperativismodecredito.coop.br/2020/07/modelo-de-negocios-de-cooperativas-de-credito-segundo-o-relatorio-de-economia-bancaria-do-bacen/>. Acesso em 04 de outubro de 2020.

RESENDE, Marco Flávio da Cunha. O circuito finance-investimento-poupança-funding em economias abertas. Revista de Economia Política, v. 28. n. 1 (109), p.136-154, 2007.

ROYAL MÁQUINAS. Como funcionam as cooperativas para pequenos produtores. Recuperado de: <https://www.royalmaquinas.com.br/blog/como-funcionam-as-cooperativas-para-os-pequenos agricultores/>. Acesso em 05 de outubro de 2020.

SCHUMPETER, Joseph Alois. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

SICOOB CREDICITRUS. Entenda o que é livre admissão na cooperativa. Recuperado de: <https://www.google.com/amp/s/credicitrus.blog/o-que-e-livre-admissao/amp/>. Acesso em 05 de outubro de 2020.

STIGLITZ, J. E.; WEISS, A. Credit ration in market with imperfect information. The American Economic Review, v.71, n.3, p.393-410, 1981.

STUDART, R. O sistema financeiro e o financiamento do crescimento: uma alternativa pós-Keynesiana à visão convencional. Brazilian Journal of Political Economy, n. 13, p. 110-129, 2023.

TORRES, Daniela Almeida Raposo; VIEIRA, Filipe Carvalho; CRUZ, Aline Cristina. Sistema financeiro, sistema de inovação e desenvolvimento regional: um estudo sobre a relação entre crédito e inovação para os estados da região sudeste brasileira. Revista de Economia. Curitiba, v. 41, n. 1, 2015.

Downloads

Publicado

12/23/2023