ANÁLISE DOS ARTEFATOS GERENCIAIS UTILIZADOS PELOS FOOD TRUCKS DA CIDADE DE NATAL/RN

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v7i3.3649

Palavras-chave:

Artefatos Gerenciais, Food Trucks, Micro e Pequenas Empresas.

Resumo

O presente estudo tem por objetivo analisar os artefatos gerenciais utilizados na tomada de decisão pelos gestores dos Food Trucks na cidade de Natal/RN, com base no modelo proposto pelo International Federation of Accountants (IFAC). Para tanto, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas individuais com oito gestores de Food Trucks no período de Junho à Agosto de 2016, sendo esses selecionados através da técnica snowball sampling. Após a transcrição das entrevistas, os dados foram codificados no software ATLAS.ti® para que, posteriormente, fosse realizada a análise de conteúdo. Dentre os principais resultados, percebe-se uma limitada utilização dos artefatos gerenciais que compreendem o primeiro e o segundo estágio do International Management Accounting Practice 1 (IMAP 1), haja vista apenas a utilização do custeio por absorção e orçamento empresarial. No entanto, o terceiro estágio apresenta um maior índice de utilização, tendo em vista as evidências de adoção do custeio meta, benchmarking, kaizen, planejamento estratégico e just in time. Por fim, o presente estudo verifica que nenhum dos gestores investigados utiliza-se dos artefatos gerenciais referentes ao quarto estágio, comprometendo, assim, a avaliação da criação de valor das entidades.

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Biografia do Autor

João Victor Joaquim dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Mestrando em Ciências Contábeis (UFRN). Especialista em Administração Financeira pela UNIFACEX (2012). Curso Superior em Gestão Financeira pela UNIFACEX (2010). Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2015). Atualmente é professor substituto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e professor da Universidade Potiguar (UNP). Atua principalmente nas áreas de Contabilidade Gerencial e Contabilidade Comportamental.

Yuri Gomes Paiva Azevedo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (2015). Mestrando em Ciências Contábeis do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - UFRN. Membro dos grupos de pesquisa: Estudos Avançados para a Sustentabilidade e Contabilidade e Avaliação Econômica e Financeira de Políticas Públicas. Atua nas áreas de Contabilidade Gerencial e Finanças Corporativas.

Diogo Henrique Silva de Lima, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2004), mestrado em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (2007) e Doutorado em Ciências Contábeis pela Universidade de Brasília (2012). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Coordenador do Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis - PPGCCon - da UFRN. Possui trabalhos publicados nos seguintes temas: Contabilidade Comportamental, Finanças Comportamentais, Finanças Corporativas, Análise das demonstrações Contábeis e Contabilidade Gerencial.

Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Doutora pelo Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis UnB, UFPB e UFRN, programa no qual concluiu seu mestrado, no ano de 2008. Possui graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2005) . Foi professora substituta da Universidade Federal do Rio Grande do Norte de agosto de 2006 à julho de 2008. Já lecionou na FACEX e na Faculdade CDF Ponta Negra. Hoje, é professora adjunta da UFRN. Tem experiência na área de Ciências Contábeis, atuando principalmente nos seguintes temas: contabilidade comportamental, vieses cognitivos, medidas de desempenho, custos, controle interno de estoque de medicamentos.

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Publicado

2017-08-18

Edição

Seção

Artigos