MICROFINANÇAS - SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA VERSUS ALCANCE SOCIAL NA ÁFRICA SUBSARIANA

Autores/as

  • Nuno Miguel Teixeira Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal
  • Elves Rodrigues Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal

DOI:

https://doi.org/10.18028/rgfc.v3i3.280

Palabras clave:

microfinanças, sustentabilidade financeira, alcance social, trade-off, áfrica subsariana

Resumen

O presente trabalho tem como objetivo analisar a sustentabilidade financeira versus alcance social das instituições de microfinanças na região da Africa Subsariana. A amostra foi constituída por 246 instituições de microfinanças presentes nessa região que têm os seus resultados publicados na base de dados da organização MIX (Microfinance Information Exchange) no ano de 2009, sendo esta a fonte de informação mais completa sobre o setor. Para a realização do estudo, consideraram-se vários indicadores sociais e financeiros de referência para as entidades especializadas na avaliação do desempenho das instituições de microfinanças (como são os casos da MIX e da Planet Rating) e que são normalmente utilizados em trabalhos de investigação similares. De acordo, com os resultados obtidos verificou-se que as instituições com montantes de empréstimos inferiores face ao PIB per capita do respetivo país onde exercem a atividade conseguem ter, um maior alcance social, porque concedem empréstimos de mais pequena dimensão, cujo público-alvo são os clientes com menos rendimentos e abrangem um maior número de mulheres nas operações financeiras que realizam. Evidenciou-se, também, a existência de trade-off entre alcance social e desempenho financeiro, ou seja, as instituições que tinham como público-alvo os mais pobres apresentavam indicadores económicos e financeiros menos positivos. Genericamente, constatou-se que as instituições com maior foco nos mais pobres tinham rendibilidades mais baixas, embora cobrassem taxas de juros mais altas e tivessem melhores indicadores de eficiência na atividade. Relativamente à estrutura financeira, verificou-se que essas instituições não têm tanta capacidade para atrair depósitos e apresentam uma autonomia financeira superior face às outras, possivelmente por terem acesso a donativos e subsídios de fundos perdidos, pois, em média os resultados gerados na atividade são negativos e por si só não garantem a sustentabilidade financeira. Finalmente, estudaram-se as condicionantes do desempenho financeiro das microfinanças na África Subsariana, tendo-se constatado que são sobretudo a dimensão e a eficiência que condicionam a rendibilidade da atividade.

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Biografía del autor/a

Nuno Miguel Teixeira, Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal

Gestão e Finanças

Elves Rodrigues, Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal

Finanças

Publicado

2013-12-03

Número

Sección

Artigos