Imprensa portuguesa constrói imagem negativa da profissão docente
Palavras-chave:
Mídia e Educação, Discurso Midiático, Representação DocenteResumo
Este trabalho envolve os campos da Mídia e da Educação e objetiva compreender, a partir de entrevistas com jornalistas e acadêmicos, como está sendo realizada a cobertura midiática das questões educacionais contemporâneas em Portugal. Esta pesquisa pós-doutoral, denominada Análise da cobertura midiática das questões educativas em Portugal pelos acadêmicos e jornalistas, foi realizada, ao longo de 2007, com o apoio do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto – Portugal. Indica que a representação social docente construída por parte dos meios de comunicação portugueses tem um forte traço negativo, pois a imprensa atribui aos professores a responsabilidade pela crise educacional portuguesa. Os jornalistas denunciam inclusive que a teoria construtivista é prejudicial ao alunado, defendem o ranking escolar e frisam que o processo educativo atual é muito permissivo, pois não controla a indiscilpina escolar. Para a análise do discurso midiático sobre a representação negativa da ação docente em Portugal, baseamos nossa pesquisa em Bakhtin (1992), Benavente (2004), Cardoso (2006), Cortesão (2000), dentre outros. Concluímos que a mídia portuguesa, nos últimos anos, tem contribuído para o desgate da imagem do trabalhador da educação, pois tem sido crítica contumaz contra os pesquisadores da educação e não disponibiliza espaço para o discurso contraditório, que se oponha à visão neoliberal presente no quadro educativo português; fatos esses que reduzem a autoestima e a imagem dos professores em Portugal.
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