O FILME “MOONLIGHT: SOB A LUZ DO LUAR” E A RETRATAÇÃO DA AUTODESCOBERTA EM MEIO A VIOLÊNCIA E O ENCLAUSURAMENTO

Resumo

O presente trabalho objetiva analisar a pluralidade de violências incrustadas no contexto da sociedade atual, a qual foi construída a partir da segregação e da estratificação social pautadas no sexismo, no racismo e na marginalização de grupos sociais. Nesse sentido, correlaciona-se os tópicos discutidos no artigo à obra Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016), a fim de esmiuçar os regimes de visualidade utilizados na obra para retratar as problemáticas que são concretas na perspectiva do mundo real. Para tanto, elaborou-se essa pesquisa a partir de uma abordagem qualitativa e de caráter indutivo, exploratório e explicativo, bem como foi fundamentada na correlação de análise de obra audiovisual a um arcabouço bibliográfico alicerçado em autores basilares para o tema, como Wilhelm Reich, Juliana Borges e Cezar Bitencourt. Este artigo contribui para o enriquecimento acadêmico e científico acerca das questões discutidas, ao reforçar ainda mais a importância da discussão de tais temas. Verifica-se a importância de uma análise interseccional acerca das questões de raça, sexualidade e violência, a fim de clarificar o tema e buscar a gênese das adversidades enfrentadas por diversas pessoas em situação de vulnerabilidade.