A face interseccional da representação:

diálogos entre Stuart Hall e o feminismo negro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36943/comsertoes.v15i01.19964

Resumo

Este trabalho de cunho teórico tem como objetivo discutir como o paradigma interseccional pode contribuir para os estudos comunicacionais ancorados no conceito de representação desenvolvido por Stuart Hall. O conceito de interseccionalidade representacional (Carrera, 2021) apresenta-se como ponto de contato entre as duas matrizes de pensamento. Conclui-se que a aproximação entre as perspectivas pode contribuir para a) o não reducionismo dos fenômenos sociais às estruturas econômicas ou às estruturas sociais, b) o foco nas relações de poder, c) possibilidades metodológicas para a análise comunicacional, d) a consideração das experiências pessoais no contexto social e cultural onde as representações se constituem, e) a possibilidade das novas representações pós-coloniais. Propõe-se que o pensamento interseccional seja central nos estudos sobre representação, contribuindo na complexificação das representações, ferramenta analítica e práxis-crítica em direção à justiça social.

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Biografia do Autor

Vinícius do Carmo, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na linha de pesquisa Processos Comunicativos e Práticas Sociais. Graduado em Relações Internacionais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente desenvolve pesquisa sobre Novas Representações e Interseccionalidade nas Experiências de Comunicação Digital de Grupos Marginalizados. Seus interesses de pesquisa estão concentrados nas áreas: raça, identidade, pensamento racial brasileiro, pensamento feminista negro, representação simbólica, representação e deficiência, estudos culturais e estudos culturais latino-americanos.

Regiane Lucas de Oliveira Garcêz, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), doutora, mestre e jornalista pela mesma universidade. Integrante do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG. Participa como pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública (EME). Dedica-se a pesquisas que envolvem, de forma geral, a interface entre mídia, lutas por reconhecimento, representação política, esfera pública, ativismo e movimentos sociais. De maneira mais específica, se interessa pelos processos comunicativos que envolvem a temática das pessoas surdas e com deficiência seja no espaço dos movimentos sociais, das organizações, das redes sociais e das arenas públicas. Possui interesse também em ações e estudos que envolvam a temática da acessibilidade nos meios de comunicação

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Publicado

2024-10-30