CADÊ O TDAH QUE ESTAVA AQUI, MENINA?
HISTÓRIA DE VIDA, NO ENTRELUGAR DA MEMÓRIA E DA CONSTITUIÇÃO IDENTITÁRIA
Palavras-chave:
TDAH e outros transtornos, História de vida, Entrelugar da memóriaResumo
O objetivo geral aponta para apresentar um estudo de caso, como história de vida de educadoras, inserida no meio acadêmico. Realizou-se uma escuta às mesmas, uma das educadoras teve diagnóstico tardio de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e TEA (Transtorno do Espectro Autista), mais de 30 anos de idade, e a outra, é mãe de um filho diagnosticado precocemente, com TDAH, e de uma filha com diagnóstico tardio, aos 22 anos de idade, que em ambos os contextos, podem estar invisíveis no âmbito da Universidade Pública. Especificamente, se buscou: identificar a relação da história e memória no processo educativo; destacar aspectos que venham a contribuir com dados que se aproximem do gênero feminino, para outros casos nessas condições. O estudo de caso trouxe a história de vida, como recurso para os dados levantados, em que se registraram depoimentos das educadoras, através de roda de conversa. Resultados confirmaram que as narrativas trazidas, é uma realidade de muitas mulheres, afetadas pela fragilidade de uma sociedade que não prioriza as questões de gênero. Mulheres que passam anos de suas vidas tentando se encaixar no molde que a sociedade criou, tornam-se adultas, muitas vezes sem consciência de que, sua sensação de “não fazer parte” resulta de serem pessoas atípicas. Considera-se que a exclusão subjetiva, decorrente do diagnóstico tardio, influencia na construção da identidade dessa mulher. Sugere ampliar esta discussão sobre a questão do diagnóstico tardio da mulher, quanto ao TDAH e outros transtornos, discutindo sobre as construções sociais deterministas sobre gênero.
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