O RITUAL “KUPALHA” COMO CAMINHO PARA EMPONDERAMENTO E INCLUSÃO DO PODER LOCAL (AUTORIDADE TRADICIONAL) PELO PODER POLÍTICO NO SUL DE MOÇAMBIQUE

Autores

  • Ludomilo Raulino Fumo UFRGS

Palavras-chave:

Autoridades Tradicionais; Kupalha; Empoderamento.

Resumo

Este trabalho objetiva analisar como, a partir do ritual “Kupalha”, o estado moçambicano socialmente constrói a ideia de empoderamento para as autoridades tradicionais e seus líderes, em que a principal categoria é o tempo como dinâmica sociocultural na história de Moçambique. O comum é que na história colonial e pós-colonial de Moçambique, o aparato ideológico teve a mesma particularidade e a sua simbologia era partilhada por muitos, embora reprimida nos primeiros anos de independência. Estas práticas seculares só foram aceitas pelo partido no poder para resolver crises sociais ligadas à guerra civil. As representações sociais dos rituais como o “Kupalha” têm a sua influência na conquista de maior espaço de influência, sendo o principal motivo para a procura de auxílio dos governantes em figuras que controlam o poder ideológico. O ritual faz parte da identidade cultural que transcende a identidade política, através do qual se pode construir um estado-nação. O multiculturalismo é acionado para construção e consciencialização do indivíduo sobre a pertença a uma nação, mas não pode ser feito a partir da eliminação das microculturas.

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Biografia do Autor

Ludomilo Raulino Fumo, UFRGS

Mestre em Antropologia Social pela Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique) e Doutorando pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRGS. 

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Publicado

2023-02-03