EXPANSÃO DO TOCOÍSMO EM ANGOLA E AS RELAÇÕES COM A ADMINISTRAÇÃO COLONIAL (1950-1974)
Palabras clave:
Simão Toco, Tocoísmo, Nacionalismo Religioso Angolano, Igrejas Africanas, TocoístasResumen
Este artigo buscou compreender o tocoismo e seu líder, Simão Toco, no âmbito de um nacionalismo no espaço colonial português. A hipótese é de que os tocoistas adquiriram sua identidade durante o processo de descolonização/independência, no contexto do tratamento que lhes foi dado pelas autoridades coloniais desde o ano de 1950, quando da chegada em Angola após a expulsão da RDC pelas autoridades belgas, acusados de obstruírem a ordem e a tranquilidade social. Neste artigo reconstitui-se a expansão e organização desta Igreja em Angola entre os anos de 1950 a 1974. Foram usadas como fontes documentos do Ministério do Ultramar Português (Arquivo Histórico Diplomático), da PIDE/DGS Serviços Centrais e Delegação de Luanda, e dos Serviços de Centralização e Coordenação de Informações de Angola. O artigo tem caráter exploratório e busca compreender a construção de Simão Toco e do Tocoísmo enquanto parte da história de Angola e da RDC.