NAS FRESTAS DO CONVÍVIO NO SUDOESTE DE ANGOLA (1750 E 1785)

Abstract

O texto analisou a dinâmica social da região de Moçâmedes, no sudoeste de Angola a partir da segunda metade do século XVIII. O termo “tribo portuguesa” gerou uma estranheza familiar. Duas “comitivas” produziram experiências descontínuas no projeto colonizador da “tribo portuguesa”. Experiências emergiram num caldo cultural de realidades locais e regionais das populações hereros que se misturavam a outros mundos representados por luso-africanos da “tribo portuguesa”. Os mediadores desempenharam papeis, em geral, ambíguos e contraditórios. Nas frestas do convívio, o mal-estar cultural da relação entre o império formal e informal foi fundamental na dinâmica interna que diversificavam as modalidades de respostas se apoderando e privatizando signos, interditando entidades fundacionais como a tradição, o passado, a memória e as línguas africanas.